segunda-feira, 22 de outubro de 2012

MENSAGEM 01

Semana 1 – Segunda-Feira Leitura bíblica: Gn 1:26-28; 2:7; 3:6-7; Is 14:12-15; Ez 28:12-17; Jo 16:11; Rm 5:12; Ef 5:12; Ap 12:4a Ler com oração: Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio (Gn 1:26a).  

 O PROPÓSITO DE DEUS EM CRIAR O HOMEM

 Louvado seja o Senhor, 
pois iniciamos com este volume mais uma série do Alimento Diário, intitulada “O ministério que seguimos e praticamos”. O tema desta semana é “O ministério neotestamentário”. O que praticamos, segundo a direção do Senhor, é viver no espírito invocando Seu nome. Por essa causa, Ele nos tem dado muitas revelações, como as palavras de Hebreus 2:5-8, que dizem que não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo vindouro, mas a homens. Deus criou o homem do pó da terra, à Sua imagem e semelhança, para que este sujeitasse a terra e dominasse sobre os peixes, as aves e todo animal que rasteja pela terra. O Senhor soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 1:26-28; 2:7). A alma vivente é a personalidade, a pessoa do homem. Contudo, a fim de impedir o cumprimento do propósito de Deus, Satanás se adiantou e, antes que a vida divina entrasse no homem por meio da árvore da vida, enganou Eva e a induziu a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3:1-7; 2 Co 11:3). Enganados, Adão e Eva pecaram, e por meio deles o pecado passou a todos os homens. Visto que a natureza pecaminosa está no homem, este peca de maneira espontânea (Rm 5:12). Como poderia esse homem caído e falho governar o mundo que há de vir? Exatamente por estar numa condição pecaminosa, o ser humano necessita da redenção. O Senhor resolveu o problema de nossos pecados ao ser crucificado e derramar Seu sangue precioso. Uma vez resolvido o problema do pecado, todo aquele que crê no Senhor Jesus está apto para receber a vida divina.O novo nascimento é o primeiro requisito para quem deseja reinar no mundo vindouro (cf. Jo 1:12-13; 3:3, 5). Em segundo lugar, o homem precisa amadurecer e ser aperfeiçoado na obra do ministério, isto é, precisa ter experiências de servir ao Senhor. Tudo isso visa prepará-lo para o reino de Deus. O mundo vindouro não foi designado a anjos, e sim a homens. Contudo o mundo de outrora foi entregue para o governo de um arcanjo, chamado de estrela da manhã, ou Lúcifer (Is 14:12; Ez 28:12-17). Apesar de Lúcifer ter sido criado por Deus de maneira perfeita, em seu interior surgiu orgulho e ambição, de modo que ele quis exaltar a si mesmo (Is 14:13-14). Embora já tivesse posição elevada como o principal dos arcanjos, ele não estava satisfeito; queria subir mais a ponto de ser semelhante ao Altíssimo. Deus não o podia tolerar, por isso ele foi lançado para a terra, juntamente com um terço dos anjos, que o seguiram (Ap 12:4a). Esses são os que Efésios 6:12 chama de “principados e potestades, [...] dominadores deste mundo tenebroso, [...] forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. São eles os que hoje dominam as nações. Além dos anjos, as criaturas que havia na terra na era pré-adâmica também o seguiram em sua rebelião. Deus os julgou com água, e eles se tornaram espíritos imundos, ou demônios. Na terra há cerca de duzentas nações, e podemos afirmar que todas estão debaixo do controle do príncipe deste mundo (Jo 16:11). Por isso há desavenças, conflitos e guerras entre os povos. Isso é resultado do domínio desses principados e potestades, sob o comando do príncipe deste mundo, Satanás, o diabo, o adversário de Deus, que usurpou Sua autoridade. O propósito de Deus é retomar o domínio da terra usurpado por Seu inimigo, e Ele o fará por meio do homem regenerado mediante a vida divina. Para isso, Ele nos providenciou uma salvação completa e um lugar maravilhoso em que podemos crescer e amadurecer em Sua vida, o viver da igreja. Uma vez maduros e transformados, poderemos não apenas expressar Deus em plenitude como também exercer o domínio por Ele, isto é, trazer o Seu reino para a terra (Mt 6:10). Louvado seja o Senhor. Ponto-chave: Reinar pela vida divina. Pergunta: Como o homem criado do pó da terra pode reinar no mundo que há de vir? 

 Semana 1 – Terça-Feira Leitura bíblica: Sl 8:3-9; Hb 2:5-8 Ler com oração: Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo (Rm 5:17).  

 VIDA E OBRA PARA GOVERNAR O MUNDO QUE HÁ DE VIR 

Deus não quer o
 mundo vindouro debaixo do controle do príncipe deste mundo, por isso determinou que ele não será governado por anjos, mas pelo homem regenerado e totalmente transformado (Hb 2:5-8). Louvado seja o Senhor! Deus tem muito que fazer em nós. Uma vez que nascemos de novo e fomos regenerados, Sua vida precisa crescer em nosso interior. Para que isso ocorra, Ele precisa eliminar nossa vida da alma, isto é, nosso eu, nosso ser natural caído e rebelde. Somente por meio da vida divina poderemos governar o mundo que há de vir, e não por meio da nossa natureza orgulhosa e independente (Rm 5:17b). Além disso, para sermos equipados para governar o mundo que há de vir, o Senhor permitirá que, muitas vezes, passemos por várias provações que irão cooperar para nosso amadurecimento. A fim de nos preparar, o Senhor nos colocou num lugar especial: a vida da igreja. A igreja não é um prédio ou uma organização. A igreja é essencialmente um viver. Deus colocou o homem regenerado na vida da igreja para que este aprenda a negar a si mesmo, perder a vida da alma e abrir mão do ego, de modo que a vida divina cresça. Deus deseja que Seus filhos se tornem maduros e com Cristo sejam coerdeiros, governando com Ele o mundo que há de vir (Rm 8:17). Todavia não é fácil conseguir isso. Deus precisa equipar tais homens regenerados, tanto no aspecto da vida, como no aspecto da obra. No aspecto da vida, vejamos um exemplo humano que pode ajudar-nos a entender a questão: o filho de um empresário precisa crescer e amadurecer para assumir os negócios do pai. Reinar no mundo que há de vir não é diferente. O reino é o “negócio” de nosso Pai celeste (Lc 2:48; 12:32 VRC). Em sua manifestação no mundo vindouro, o reino será governado por homens maduros na vida divina, que aprenderam a negar a vida da alma. No aspecto da vida, isto é, com respeito ao que somos, o crescimento de vida é primordial em nossa preparação para governar o mundo vindouro. No aspecto da obra, isto é, de nosso serviço ao Senhor, também precisamos ser aperfeiçoados. Vejamos também um exemplo: para o filho do rei ser um bom governante, ele precisa de boa educação em todos os aspectos do governo e também precisa ter experiências nas várias situações que enfrentará. Governar o mundo que há de vir é a mesma coisa. Precisamos ser aperfeiçoados para a obra do ministério, a qual não é somente para hoje, mas principalmente para o reino vindouro. Louvado seja o Senhor! Ponto-chave: O Reino o “negocio” de nosso Pai. Pergunta: Para Reinar no mundo que há de vir, que deve ocorrer conosco no aspecto da vida e no aspecto da obra? 

 Quarta-feira Leitura bíblica: Sl 8:3-9; Hb 2:5-8 Ler com oração: Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo (Rm 5:17). 

 O LIVRO ABERTO PELO LEÃO DE JUDÁ

O ministério é a incumbência, a comissão de Deus dada a alguém ou a um grupo de pessoas para a execução de Sua obra. No Antigo Testamento, Deus confiou o ministério a algumas pessoas. Vemos, por exemplo, o ministério dos filhos de Levi, os sacerdotes. Podemos chamá-lo de ministério sacerdotal. Para ser sumo sacerdote, um homem precisava ser ungido, como aconteceu com Arão, que foi ungido por Moisés. Ser ungido significava receber uma comissão. Desse modo, podemos dizer que o sumo sacerdócio é um ministério. Apesar de o Antigo Testamento não usar o termo “ministério”, todos os filhos de Arão que foram ungidos fizeram parte do ministério do Antigo Testamento. O ministério do Novo Testamento teve início com o Senhor Jesus. Ele fez conosco uma nova aliança por meio de Seu sangue (Mt 26:29). Em Apocalipse 5 o início do ministério do Novo Testamento é representado pela abertura de um livro escrito por dentro e por fora, o qual continha sete selos (v. 1). Quando ouviu a pergunta: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?” (v. 2), João entristeceu-se e chorou muito, pois viu que ninguém podia abrir o livro (vs. 3-4). Então um dos anciãos lhe disse: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (v. 5). Quando João se voltou para ver o Leão, o que viu foi um Cordeiro (v. 6a). Ambos simbolizam o Senhor Jesus. O Senhor Jesus, por um lado, é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29); por outro, é o Leão da tribo de Judá, o que se refere à Sua realeza. Por um lado, é a Raiz de Davi, ou seja, Ele é a origem de Davi; por outro, é descendente de Davi (Mt 1:1). Visto que Davi era um ser humano, nele havia o pecado, isto é, a natureza pecaminosa, a fonte de todos os pecados. Como descendente de Davi, o Senhor também era um homem, porém sem pecado (Rm 8:3; Hb 4:15b). Para vir nos salvar e nos substituir na cruz como homem, o Senhor precisou ganhar um corpo humano. O Senhor foi crucificado com esse corpo herdado de Maria, e, com Ele, nosso velho homem foi crucificado (Rm 6:6), e Seu sangue purificou-nos de todos os nossos pecados (cf. Hb 1:3; 9:13-14). Aleluia! Além de ser o Cordeiro sem mácula cujo sangue nos redimiu (1 Pe 1:19), Cristo também é mostrado como Aquele que se assentou à destra da majestade de Deus nas alturas e está qualificado para governar. Esse é o aspecto de Leão da tribo de Judá, a tribo da realeza. Como crentes em Cristo, estamos hoje no processo de transformação para nos tornarmos reis. Para ser um rei, é necessário, primeiro, ser trabalhado, transformado. Antes de ser um rei, ilustrado pelo leão, uma pessoa salva ainda tem muitos problemas ligados à vida da alma, ao seu ser natural, que é semelhante à natureza de um jumento em Gênesis 49:9-11. Um jumento tem a natureza extremamente forte, que precisa ser tratada para que a realeza, isto é, a vida de leão, um dia se manifeste. Um dia nossa natureza caída de “jumento” será substituída pela natureza de “leão” para reinarmos juntamente com Cristo (Ap 20:4b). Este é o resultado do Seu ministério. Ponto – chave: Estamos hoje no processo de transformação para nos tornarmos reis. Pergunta: Como podemos nos tornar reis com Cristo uma vez uma vez que nossa natureza humana é forte como a de um jumento?         

 O MINISTÉRIO NEOTESTAMENTÁRIO E O ARREPENDIMENTO

 Embora o Senhor seja o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e seus sete selos em Apocalipse 5, Ele é também um homem, que nasceu de Maria e, segundo a carne, é descendente de Davi(Mt 1:1; Rm 1:3). O Senhor precisou nascer de Maria a fim de se tornar um homem, ter a experiência do viver humano e ser tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado, a fim de se tornar o sumo sacerdote que pode compadecer-se de nossas fraquezas (Hb 4:15). Jesus nasceu em Belém, numa estrebaria, e foi posto numa manjedoura (Lc 2:6-7). Mais tarde, quando o rei Herodes O queria matar, José foi advertido por Deus em sonho a fugir para o Egito, onde ficou até a morte de Herodes (Mt 2:13-15). Ao regressar do Egito, eles foram morar em Nazaré, uma cidade desprezada na Galileia (vs. 22-23). O Senhor passou por vários tipos de sofrimento em Seu viver humano. Ele conhece a natureza humana e sabe o que é ser um homem. Desse modo, hoje pode compadecer-se e ter misericórdia de nós. Ele sabe que muitas vezes pecamos, não porque queiramos, mas porque nossa natureza é caída. Ele é longânimo e espera por nosso arrependimento. Ao nos arrependermos, ganhamos um pouco mais da vida divina. Antes de o Senhor iniciar Seu ministério terreno, houve uma obra de preparação. Precisamos lembrar-nos, como vimos na leitura de ontem, que o ministério está ligado à unção, à comissão. No Antigo Testamento, a unção era o derramamento do unguento sobre a pessoa que seria comissionada. No Novo Testamento, a unção é o derramamento do Espírito sobre alguém a quem é dado um ministério, uma incumbência. Vemos a unção do Senhor Jesus para iniciar Seu ministério no fato de o Espírito, em forma de pomba, descer sobre Ele após ter sido batizado por João Batista. Este foi o precursor que preparou o caminho do Senhor. Ele apareceu no deserto pregando o arrependimento e batizava as pessoas na água (Mt 3:1-2, 5-6). Esse batismo para arrependimento visava tratar com a vida da alma, terminando com o passado. Era uma preparação para Aquele que viria batizar com Espírito Santo e com fogo. Ser o precursor do Senhor Jesus foi a parte que coube a João Batista no ministério neotestamentário. Essa era sua comissão e ministério. Como filho de sacerdote, João poderia continuar a obra do sacerdócio do Antigo Testamento, o ministério sacerdotal. Ele, porém, não fez isso; antes, foi escolhido por Deus para preparar o caminho do Senhor, caminho esse que introduziria o ministério do Novo Testamento. Em seu ministério precursor, João Batista pregava o arrependimento para a vinda do reino dos céus (Mt 3:1-2). Naquela época os judeus aguardavam a vinda de um reino terreno, que os libertasse da tirania do governo romano. João, porém, não se referia ao reino terreno, e sim ao reino dos céus. Podemos aplicar isso a nós e aos irmãos a quem contatamos e de quem cuidamos, falando-lhes: “Deus deseja entregar o mundo que há de vir para ser governado por vocês. Vocês estão preparados? Vocês podem governar o mundo vindouro? Se hoje vivemos dominados por nossa vida natural, não poderemos governar no futuro”. Por isso, hoje, assim como João Batista, devemos fazer a obra de preparação para vinda da manifestação do reino e pregar: “O reino dos céus está perto, arrependam-se!”. Ponto – chave: Hoje é o tempo de nos prepararmos. Pergunta: Que relação há entre o arrependimento e reinarmos com Cristo no mundo que há de vir? _________________________________________________

 Semana 1 – Sexta-Feira Leitura bíblica: Êx 30:22-25; Mt 27:51; Lc 23:45; Hb 10:19-22 Ler com oração: Depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue (1 Co 11:25).O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:6). 

 O MINISTÉRIO NEOTESTAMENTÁRIO PROVÉM DO ESPÍRITO QUE DÁ VIDA

 O ministério neotestamentário iniciou-se com o Senhor Jesus ainda em carne e continuou depois de Sua morte e ressurreição. Morrer e ressuscitar foi o modo pelo qual o Senhor se tornou o Espírito que dá vida (1 Co 14:45b). Uma vez que o Senhor é o Espírito, quem O toca, ganha vida. O Espírito que dá vida se refere ao Espírito Santo adicionado ao processo pelo qual o Senhor passou em Sua encarnação, morte e ressurreição. O Evangelho de João o chama de o Espírito da verdade, ou da realidade (Jo 14:17; 15:26; 16:13). O Espírito que dá vida inclui o Deus Triúno com Sua vida e obra. Em certos trechos, a Bíblia simplesmente O chama de “o Espírito”. Para compreender melhor o Espírito que dá vida, ou simplesmente “o Espírito”, após a encarnação, morte e ressurreição do Senhor, podemos usar como exemplo o óleo composto da unção do Antigo Testamento, com o qual se ungiu o tabernáculo com seus móveis e utensílios, Arão, seus filhos e suas vestes. De acordo com Êxodo 30:22-25, o óleo da unção era formado por cinco elementos, que são o azeite de oliveira mais quatro especiarias: mirra, cinamomo, cálamo e cássia. Na Bíblia, o número quatro se refere à criatura, especialmente o homem, e o número um simboliza Deus. Dentre as quatro especiarias, temos a mirra fluida, uma substância amarga usada para embalsamar o corpo das pessoas após a morte e retardar sua decomposição. A palavra mirra vem de um radical que quer dizer amargo. Ao ser crucificado, o Senhor tomou o cálice da amargura em nosso favor (Mt 26:39, 42). Mirra, portanto, se refere à morte do Senhor. A segunda especiaria é o cinamomo odoroso, uma planta que exala uma fragrância doce. Isso prefigura a eficácia da morte do Senhor. A terceira é o cálamo, um junco ou haste que nasce nos pântanos, ou seja, em águas mortas, paradas. Cálamo, portanto, prefigura a ressurreição. Por fim, temos a cássia, erva usada como repelente de insetos e serpentes, que simboliza a eficácia da ressurreição do Senhor. Recapitulando, temos a mirra (morte), o cálamo (ressurreição), o cinamomo (eficácia da morte) e a cássia (eficácia da ressurreição). Uma vez que o número quatro se refere à criatura, ele refere-se também ao Senhor como o Primogênito da criação (Cl 1:15). Falemos agora sobre o peso de cada especiaria. Primeiro temos quinhentos siclos de mirra. Em segundo lugar, temos duzentos e cinquenta siclos de cinamomo odoroso, isto é, a metade da primeira especiaria. Em terceiro lugar, temos duzentos e cinquenta siclos de cálamo e, por último, quinhentos siclos de cássia. Se tomarmos quinhentos siclos como unidade básica, temos três unidades. Quinhentos siclos da primeira especiaria (mirra); quinhentos siclos divididos em dois: duas especiarias de duzentos e cinquenta siclos cada (cinamomo e cálamo); e quinhentos siclos da terceira especiaria (cássia). O número três simboliza o Deus Triúno: Pai, Filho e Espírito. A primeira unidade é o Pai, a segunda, o Filho, e a terceira, o Espírito. Porém a segunda unidade de quinhentos siclos, que prefigura o Filho, foi dividida ao meio, indicando que Ele foi partido por nós na cruz por nossos pecados. Na morte do Senhor, o véu do santuário que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos foi partido ao meio de alto a baixo (Mt 27:51; Lc 23:45), o que indica que já não há separação entre Deus e nós. Podemos achegar-nos com intrepidez ao Senhor no trono da graça (Hb 10:19-22). Aleluia! Que bênção desfrutar, por meio do Espírito, de tudo o que o Deus Triúno é e fez! Ponto – chave: O ministério do Espírito. Pergunta: Que relação tem o óleo sagrado as unção com o ministério neotestamentário?   

Semana 1 – Sábado Leitura bíblica: Êx 26:33; 40:21; Hb 9:6-7 Ler com oração: Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna (Hb 4:16) 

 NÃO MAIS VÉU, INCENSO, SACRIFÍCIO OU SANGUE

 Como vimos na leitura de ontem, quando o Senhor expirou na cruz, o véu que servia para separar o Santo Lugar do Santo dos Santos foi rasgado ao meio de alto a baixo (Mt 27:51; Lc 23:45). Na parte anterior ao véu, ficava o Santo Lugar, onde serviam os sacerdotes. Além do véu, ficava o Santo dos Santos, onde estava a arca da aliança, ou arca do Testemunho (Êx 26:33). Sobre a arca havia uma tampa, chamada de propiciatório, na qual havia dois querubins (25:17-21). Os sacerdotes serviam no Santo Lugar, cuidando do altar de ouro do incenso, do candelabro de ouro e da mesa dos pães da presença (40:4-5, 22-27). No Santo dos Santos, porém, apenas o sumo sacerdote entrava uma vez por ano para fazer expiação por si e pelos filhos de Israel (Hb 9:6-7). Em Levítico 16 lemos: “Então, disse o Senhor a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque aparecerei na nuvem sobre o propiciatório” (v. 2). Além disso, ao entrar no Santo dos Santos, o sumo sacerdote deveria levar consigo o sangue da oferta para aspergir sobre o propiciatório e, assim, fazer expiação por si e pelo povo, e levar também o incensário para a nuvem de incenso cobrir o propiciatório: “Porá o incenso sobre o fogo, perante o Senhor, para que a nuvem do incenso cubra o propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra. Tomará do sangue do novilho e, com o dedo, o aspergirá sobre a frente do propiciatório; e, diante do propiciatório, aspergirá sete vezes do sangue, com o dedo” Lv 16:13-14. Sem esses dois itens, o sumo sacerdote não poderia entrar no Santo dos Santos, pois morreria. Isso mostra como era difícil ter acesso a Deus diretamente no Antigo Testamento. Quando o Senhor Jesus morreu na cruz, algo maravilhoso ocorreu no templo. Em Mateus 27:51 lemos que “o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo”. E, em Lucas 23:45, vemos que o véu “rasgou-se pelo meio”. O véu que separava o Santo Lugar dos Santos dos Santos ficava pendurado em quatro colunas, que formavam três entradas. O número três prefigura o Deus Triúno; portanto as três entradas simbolizam o Pai, o Filho e o Espírito respectivamente. Uma vez que o véu se rasgou no meio, isso representa que o Filho, simbolizado pela entrada do meio, foi partido por nós na cruz. Assim como na composição do óleo sagrado da unção a medida central de quinhentos siclos foi dividida em duas, também o véu, no vão central entre as colunas que separavam o Santo Lugar do Santo dos Santos, foi aberto para nos dar livre acesso a Deus. Aleluia! O Filho foi partido por nós ao ser crucificado. Desse modo, Ele nos abriu um novo e vivo caminho pelo qual podemos entrar no Santo dos Santos com intrepidez e achar graça e misericórdia para socorro em tempo oportuno (Hb 4:16). Graças ao Senhor não há mais véu, nem a necessidade de incenso, sacrifício ou sangue de animais! Ponto - chave: Livre acesso a Deus. Pergunta: De que maneira o Senhor nos abriu um novo e vivo caminho até Deus?  


Semana 1-Domingo Leitura bíblica: Mt 3:16-17; 2 Co 3:6 Ler com oração: Aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele (1 Co 6:17) 

 MINISTROS SEGUNDO O MINISTÉRIO DO SENHOR JESUS

 Hoje temos livre acesso ao Pai por meio da obra redentora na cruz, pela qual o Senhor nos abriu um novo e vivo caminho (2 Pe 1:4; Hb 4:16). Como vimos nesta semana, o óleo sagrado da unção era um composto de quatro especiarias de três medidas mais um him de azeite. O número um representa o Deus único, o número três simboliza o Deus Triúno, e o número quatro prefigura a criatura. Desse modo, Deus e o homem foram mesclados, misturados. Agora, após a encarnação, morte e ressurreição do Senhor, a natureza divina e a humana estão mescladas. Além disso, pela morte e ressurreição, o Senhor se tornou o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b). Isso quer dizer que, ao Espírito de Deus, simbolizado pelo puro azeite de oliva, foi acrescentada a obra redentora do Senhor por nós. Com tudo isso, o óleo da unção não é somente o azeite de oliva, mas outros elementos foram acrescentados. Com todos esses elementos acrescentados, ele se torna algo mais rico. Esse é o óleo da unção, o Espírito que habita em nós (Jo 7:39-40; 1 Co 6:17). Louvado seja o Senhor! O Senhor Jesus, ao iniciar Seu ministério, precisava ser ungido, e isso ocorreu pela descida do Espírito em forma de pomba sobre Ele assim que saiu da água, após ser batizado por João (Mt 3:16). Uma vez ungido, isto é, comissionado, Ele se tornou o primeiro a exercer o ministério neotestamentário. Portanto o primeiro ministro do Novo Testamento é o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele é quem iniciou e quem faz a obra do ministério do Novo Testamento. Foi esse Senhor que, após morrer como o Cordeiro e ressuscitar como o Leão da tribo de Judá, abriu o livro e os sete selos em Apocalipse 5. Agora, uma vez que esse livro está aberto, teve início o Novo Testamento. Somente Ele é digno de abrir o livro. Sem tal Pessoa maravilhosa, ninguém se torna ministro. Todos nós, porém, que nascemos de novo e recebemos o Senhor, temos esse ministério e devemos exercê-lo por meio do Espírito que dá vida até a volta do Senhor. Ponto - chave: Ungido e comissionado para o ministério! Pergunta: Que representa o fato de o Espírito descer como pomba sobre o Senhor após Ele ter sido batizado?

Nenhum comentário:

Postar um comentário