quarta-feira, 31 de outubro de 2012

MENSAGEM 2



Semana 2 – Segunda-Feira
 
Leitura bíblica: Mt 3:1-2; Lc 1:15; Rm 8:6, 10-11; Gl 4:19
Ler com oração: O pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz (Rm 8:6)
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ARREPENDIMENTO PARA CRESCER E AMADURECER
 
O tema desta semana é “João Batista”. Ele foi o precursor do Senhor Jesus, a fim de Lhe preparar o caminho. No registro do livro de Mateus, a primeira menção a João diz que ele apareceu no deserto pregando o arrependimento (Mt 3:1-2). O Evangelho de Lucas, porém, nos fornece mais detalhes. Seu pai, Zacarias, era sacerdote, e sua mãe, Isabel, era parenta de Maria, a mãe de Jesus (Lc 1:36).
Lucas 1:39-40 fala que Maria, mãe de Jesus, foi visitar Isabel, mãe de João Batista. Quando Maria saudou Isabel, João, ainda no ventre de Isabel, estremeceu. Este fato mostra que, como aquele que iria preparar o caminho do Senhor, João seria “cheio do Espírito Santo, desde o ventre materno” (v. 15).
Mais tarde, já adulto, João Batista saiu a pregar, dizendo: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3:2). Que significa arrepender-se? A palavra arrependimento quer dizer mudança de mente, e a mente é a parte principal da alma.
Deus criou o homem com três partes: espírito, alma e corpo (cf. Gn 2:7). Romanos 8 fala da salvação de todas essas três partes. Os versículos 10 e 11 mostram que, quando Cristo habita em nós, nosso espírito é vida, e, por fim, até mesmo nosso corpo mortal ganhará vida por meio desse Espírito. Já o versículo 6 diz: “O pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”. A palavra “pendor” indica a inclinação da mente. Isso quer dizer que, se colocarmos a mente na carne, isso resultará em morte espiritual. Mas, se inclinarmos a mente para o espírito, teremos vida e paz.
Embora esses versículos de Romanos 8 não mencionem a palavra alma, eles mencionam sua parte principal: a mente. Nessa porção da Palavra, a mente representa a alma. Inclinar nossa mente ao espírito é, portanto, colocar nossa mente debaixo do governo do espírito. Isso significa que arrepender-se é negar a vida da alma, deixar o espírito liderar, abandonando nossos conceitos e tradições para que Deus nos revele coisas novas.
Temos repetido essas palavras insistentemente porque o problema do pecado é mais fácil de ser percebido e resolvido, mas muitos não percebem que a alma do homem tem um grande problema, especialmente o lado bom da vida da alma. O lado mau da alma é facilmente detectado e rejeitado; ninguém o quer. Contudo todos valorizam o lado bom da alma e não querem abrir mão dele.
Antes de recebermos a vida de Deus, nossa alma estava cheia da vida natural herdada de Adão, pela qual vivíamos espontaneamente. Um dia, porém, fomos regenerados, nascendo de Deus (Jo 1:12; 1 Pe 1:3). Além da vida humana que ganhamos de nossos pais, obtivemos a vida de Deus, que entrou em nosso espírito como uma sementinha e agora precisa crescer até a maturidade. Isso é semelhante ao bebê no ventre materno: precisa desenvolver-se e tomar forma. Esse era o encargo de Paulo com os gálatas: ele sofria até que Cristo fosse formado neles (Gl 4:19). Que o Senhor cresça cada dia em nós para que, em Sua volta, estejamos maduros para reinar com Ele na manifestação do Seu reino
 
 Ponto-chave: O Espírito é vida para o espírito, alma e o corpo.
Pergunta: Por que a salvação da alma está relacionada com o arrependimento?
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Semana 2 – Terça-Feira
 
Leitura bíblica: Mt 16:24-25; Gl 4:1-2; Ef 4:11-12
Ler com oração:
 Não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia (2 Co 4:16).
 
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A IGREJA COMO EDIFICAÇÃO ESPIRITUAL
 
Quando cremos no Senhor, nascemos de novo (Jo 1:12; 1 Pe 1:3). Como recém-nascidos em Cristo, precisamos crescer. Gálatas 4:1-2 nos mostra que, enquanto é criança, o herdeiro precisa ser colocado num ambiente adequado para crescer, sob os cuidados de tutores e curadores, para instruírem-no e cuidarem dele. Assim é nossa experiência na vida de Deus. Nós tínhamos apenas a vida natural herdada de Adão, mas, um dia, nascemos de novo e ganhamos a vida divina em nosso espírito. Agora essa vida precisa expandir-se para nossa alma. Todavia como pode a vida de Deus entrar em nossa alma se estamos cheios de nós mesmos? Não há espaço para ela. É preciso esvaziar-nos de nós mesmos para que a vida divina cresça em nós. A vida da igreja é o lugar adequado para isso.
A igreja não é uma organização nem um prédio físico. Alguns talvez entendam a igreja como um lugar físico porque o Senhor em Mateus 16 fala de edificá-la sobre a rocha (v. 18). Assim, no conceito de muitos, a igreja refere-se a uma construção, como um templo ou lugar onde os cristãos se reúnem. De fato, a igreja precisa ser edificada, mas não de uma maneira física.
Efésios 4:11-12 fala do aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério com vistas à edificação do Corpo de Cristo. Essa edificação não é material, e sim espiritual. O Corpo de Cristo é edificado com vida, a vida divina. A vida da igreja é o ambiente onde isso ocorre (v. 16).
Ao referir-se à vida da igreja, ao nosso viver, o próprio Senhor Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24).A expressão “a si mesmo” refere-se ao eu, ao ego caído. Esses termos equivalem à vida da alma (v. 25), ou ao velho homem (Rm 6:6; Ef 4:22; Cl 3:9), o homem natural (1 Co 2:14). Essa é a razão de enfatizarmos tanto a importância de renunciarmos à vida da alma, pois isso permitirá que a vida de Deus cresça em nós. Se a vida de Deus continuar crescendo, seremos semelhantes a Cristo (1 Jo 3:2). Assim, a vida de Deus em nós terá proporção maior do que a vida da alma, e seremos capacitados a entrar na manifestação do reino dos céus.
 
Ponto – chave: Viver a vida da igreja.
Pergunta: Por afirmamos que “edificar a igreja” em Mateus 16 não se refere a uma construção física?
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Semana 2 – Quarta-Feira
 
 Leitura bíblica: 1 Sm 10:1; 16:13; Mt 3:13-17
 Ler com oração:
Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu (Mt 3:15).
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JESUS CUMPRIU TODA A JUSTIÇA
 
O Senhor Jesus é o primeiro ministro do Novo Testamento. Mas, antes de iniciar Seu ministério terreno, Ele se dirigiu para o Jordão a fim de ser batizado por João (v. 13).Após ser batizado, o Senhor foi ungido pelo Espírito, que desceu sobre Ele em forma de pomba. Como já vimos, aquele que é ungido recebe um ministério. No Antigo Testamento, quando alguém era ungido, recebia de Deus uma comissão para executar seu ministério. Por exemplo, o sumo sacerdote era ungido para exercer o ministério sacerdotal. Igualmente os reis precisavam ser ungidos por sacerdotes para serem confirmados em seu trono (cf. 1 Sm 10:1; 16:13).
João Batista, como precursor de Jesus, veio para Lhe preparar o caminho. Em Mateus 3:11 João Batista diz: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. João Batista tentou dissuadir o Senhor de ser batizado, mas Ele respondeu: “Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (v. 15). A justiça aqui se refere a fazer o que é correto, justo. Aquilo que Deus nos disser, é o que devemos fazer, pois assim Ele determinou.
Em nosso conceito, toda vez que falamos de justiça, nós a colocamos em oposição ao pecado. Na verdade, não pecar deveria ser uma situação normal. Deus não nos criou para pecar. O pecado entrou depois, por meio do engano de Satanás, quando o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ao comer do fruto dessa árvore, o pecado entrou, e todos pecaram (Rm 5:12).
O Senhor Jesus veio para resolver esse problema que o homem tinha com Deus e abrir caminho para que a vida de Deus pudesse nele entrar e crescer. Por meio de Sua morte na cruz, o Senhor cumpriu a redenção e abriu o caminho para o homem ser salvo e regenerado. O ministério terreno do Senhor Jesus tinha esse objetivo, mas, para iniciá-lo, Ele precisava cumprir toda a justiça. Deus determinou que todos fossem batizados, e o Senhor, como homem, cumpriu a justiça, submetendo-se à vontade do Pai, e foi batizado por João.
 
Ponto – chave: Submeter-se a vontade de Deus.
Pergunta: Por que o Senhor precisava ser batizado para inicia Seu ministério terreno?
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Semana 2 – Quinta-Feira
Leitura bíblica: Jo 3:22-30; 4:1-2
Ler com oração: Convém que ele cresça e que eu diminua (Jo 3:30).
 
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ABRIR CAMINHO PARA A VINDA DO SENHOR
Como precursor do Senhor Jesus, João Batista tinha uma incumbência de Deus: preparar o caminho para o Senhor, pregando o batismo de arrependimento. Seu pai, Zacarias, era sacerdote, portanto João Batista nasceu numa família de sacerdotes e, segundo a tradição, deveria cumprir seu ministério sacerdotal. Todavia ele não seguiu os padrões determinados pela religião judaica.
João não entrou no templo para servir; antes, ele pregava no deserto (Mt 3:1). Os sacerdotes comiam da carne sacrificada no altar e também dos pães preparados pelos levitas, mas a dieta de João Batista era gafanhoto e mel silvestre (v. 4). Os sacerdotes em serviço usavam vestes sacerdotais, mas João Batista vestia pelos de camelo, um animal considerado imundo pelos judeus. João foi comissionado e enviado por Deus para fazer a transição entre o Antigo e o Novo Testamento, entre a antiga e a nova aliança, entre o ministério do Antigo Testamento e o ministério neotestamentário.
O Senhor Jesus deu o exemplo de negar a Si mesmo quando foi batizado por João, submetendo-se à vontade do Pai. Após Seu batismo, o Espírito de Deus desceu sobre Ele como pomba (v. 16). Isso era como o óleo composto da unção ungindo-O para Seu ministério. A partir de então, o Senhor Jesus começou Sua obra e passou a pregar o evangelho do reino (4:17).
João Batista disse que era o precursor do Senhor Jesus (Jo 3:28), portanto, depois de batizá-Lo, deveria seguir o Senhor e levar todos os seus discípulos também a segui-Lo, ou seja, o Senhor deveria crescer, e João diminuir, como ele mesmo disse (v. 30).
O Senhor Jesus cumpriu toda a justiça de Deus sendo batizado, porém João Batista não a cumpriu, pois, além de não ter seguido o Senhor Jesus, ainda continuou com seu grupo de discípulos. O grande problema do homem é ter em seu poder um grupo de pessoas. Ele se torna o líder do grupo e fica satisfeito com a situação.
Parece que ter um grupo de discípulos mudou o coração de João. O Senhor Jesus já havia começado Seu ministério, enquanto João mantinha seu ministério paralelo (4:1-2). Isso iniciou uma espécie de disputa ou mesmo competição entre os discípulos de João e os do Senhor. Em certa ocasião, os discípulos de João se uniram aos fariseus a fim de questionar o Senhor quanto ao jejum (Mt 9:14). Por fim, Deus levantou uma situação em que João Batista foi preso.
Quando temos numa igreja muitas pessoas sob nosso cuidado, ouvindo-nos e tendo consideração por nós, não é fácil lidar com isso. Devemos tomar muito cuidado para que isso não nos desvie da rota e do chamamento que recebemos do Senhor. Como servos do Senhor hoje, que esperam e apressam a vinda do Senhor, somos os precursores de Sua segunda vinda. Que sejamos fiéis em pregar o arrependimento para o reino e conduzir as pessoas ao Senhor, sem nenhuma ambição de ter uma obra própria separada Dele.
 
Ponto – chave: Diminuir para o Senhor Crescer.
Pergunta: Como lidar com o fator de haver pessoas que nos ouvem, seguem e admiram?
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Semana 2 – Sexta-Feira
Leitura bíblica: Mt 11:2-6; 14:3-12
Ler com oração: Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos (Sl 90:17).
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CRER QUE O SENHOR É O CRISTO
Quando João Batista ficou encarcerado, mandou seus discípulos perguntarem ao Senhor Jesus: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11:3). O Senhor não respondeu nem sim, nem não. Apenas disse: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (vs. 4-6).
Outras pessoas reconheciam que o Senhor era o Cristo. Quando o Senhor estava próximo ao poço de Sicar, teve fome, e os discípulos foram comprar comida. Ele ficou sozinho junto ao poço e apareceu uma mulher samaritana. Depois de o Senhor lhe falar acerca da água viva, que se torna uma fonte a jorrar do interior para a vida eterna, e também de adorar a Deus em espírito e em realidade, a mulher disse que sabia que o Messias haveria de vir. O Senhor, então, lhe disse: “Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo 4:26). A mulher voltou para a cidade e disse às pessoas: “Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!” (v. 29). Até a mulher samaritana cria que o Senhor era aquele que haveria de vir, porém João Batista enviou seus discípulos para questionar o Senhor a esse respeito.
O homem sempre aponta o erro dos outros, mas raramente consegue ver os seus próprios. João Batista não era diferente. Ele sabia que o Senhor Jesus era o Messias, mas mandou seus discípulos questioná-Lo. O Senhor Jesus não o salvou da prisão, mas disse aos que O questionavam que reportassem a João todas as obras que Ele fazia.
Talvez alguns indaguem: “Por que o Senhor Jesus não o salvou?”. Talvez porque João, que veio para ser Seu precursor, acabou sendo Seu concorrente. Houve uma mudança da parte de João, por isso o Senhor Jesus não usou de milagre para tirá-lo da prisão, assim como fez com Pedro e com Paulo (At 12:5-9; 16:23-27); apenas relatou as obras que Ele mesmo fazia, dando-lhe uma chance de arrependimento.
O desfecho dessa história é que, em sua festa de aniversário, o rei Herodes se agradou da dança que a filha de sua cunhada Herodias fez e, alegre, prometeu dar-lhe o que ela pedisse. A menina, instigada pela mãe, pediu-lhe a cabeça de João Batista. Assim, João foi decapitado no cárcere (Mt 14:10).
A história sobre João Batista deve ser um alerta para nós. Que aprendamos a não fazer nenhuma obra que concorra com a obra do ministério do Senhor!
 
Ponto-chave: Não permitir que as circunstâncias nos impeçam de seguir o Senhor.
Pergunta: De que maneira João Batista poderia ter reconhecer que o Senhor era o Cristo?    
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Semana 2 – Sábado
Leitura bíblica: At 9:20-25; 1 Pe 5:1-4
Ler com oração: Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho (1 Pe 5:2-3).
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EXEMPLOS QUE NOS SERVEM DE ADVERTÊNCIA
 
Ter seguidores pode levar uma pessoa a mudar. Ao ser colocado no cárcere, João Batista esperava que o Senhor Jesus fosse salvá-lo. O Senhor podia fazê-lo, mas, se o tirasse da prisão, talvez João continuasse concorrendo com Sua obra. Por fim, ele acabou morto na prisão.
Assim como João Batista, Paulo também tinha discípulos. Depois de salvo, permaneceu em Damasco, onde pregava o evangelho com intrepidez (At 9:20-22). Por causa disso, os judeus planejaram tirar-lhe a vida. Quando isso lhe chegou ao conhecimento, ele teve de fugir da cidade. Uma vez que as portas estavam vigiadas, seus discípulos o puseram num cesto e o baixaram pela muralha (vs. 23-25). Nesses versículos podemos ver que Paulo tinha seus discípulos. Porém, por amor a Paulo e por ainda querer usá-lo, o Senhor não permitiu que essa situação continuasse; assim, levantou circunstâncias em que ele teve de se afastar de seus discípulos.
Paulo não passou pelo treinamento pessoal do Senhor Jesus em Seu ministério terreno. Como alguém que aprendera a lei e dela era zeloso, não poderia entender as coisas do Novo Testamento, senão por revelação. A palavra da sua pregação provinha das revelações que Deus lhe deu quando o arrebatou ao terceiro céu. Em 2 Coríntios 12:1-4, lemos: “Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu [...] e sei que o tal homem [...] foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir”.
Dessa forma, ele pôde entender a economia neotestamentária de Deus, segundo vemos em suas cartas, principalmente no livro de Efésios. E não mais produziu discípulos para si.
Todos os que servem a igreja precisam atentar para isso. Muitas vezes, começam bem na obra do Senhor: humildes e submissos. Mas, quando obtêm um grupo de seguidores, que gostam deles, podem mudar e deixar de ouvir o Senhor. A história de João Batista é uma advertência, um espelho para todos nós.
Na obra do Senhor, não constituamos um grupinho fechado para nós mesmos. Entre nós não deve haver grupos. Somos um grupo só, somos uma só igreja. Também não mantenhamos nenhum grupo especial de seguidores. Somos membros uns dos outros, e todos devemos ter o encargo de cuidar e alimentar uns aos outros com vistas à edificação do Corpo de Cristo.
 
Ponto-chave: Ser salvos dos perigos do sucesso na obra.
Pergunta: De que maneira o Senhor preservou Paulo de ter seu próprio grupo de seguidores?
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Semana 2 -Domingo
Leitura bíblica: Mt 3:17; At 13:25; 2 Co 4:5
Ler com oração: Pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros (Rm 12:3-5).
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NÃO PRODUZIR GRUPOS PARA NÓS MESMOS NA IGREJA
 
Estamos aqui para fazer a obra do Senhor, e tudo o que somos e temos é para Ele. Na obra pode haver pessoas que nos respeitam, mas jamais formemos para nós um grupo especial, particular. A obra é do Senhor, não nossa. Tomemos cuidado! Quando há seguidores, muitos acabam achando que são alguma coisa. Não pensemos de nós mesmos além do que convém.
Aquele que serve o Senhor, que faz a obra do Senhor, deve preocupar-se em pregar o Senhor Jesus apenas, e não a si mesmo (2 Co 4:5). Não importa quão bom alguém seja, sua obra não é para si mesmo. Precisamos sempre cuidar dessa questão. Deus não quer divisões no Corpo de Cristo, não quer que tenhamos nossos discípulos. Deve haver apenas discípulos do Senhor Jesus. Ressaltamos isso com tanta repetição porque se trata de algo crucial.
Não devemos constituir um grupo pessoal de discípulos. Essa é a lição que extraímos das histórias de João Batista e Paulo. Essa é a situação para a qual devemos dar especial atenção na vida da igreja. Do contrário, deixaremos de ser úteis ao Senhor. Deus ainda queria usar Paulo, por isso salvou-o daquela situação. João Batista já havia completado o seu ministério (At 13:25), feito a obra de precursor do Senhor, e sabia que aquele que haveria de vir era o Senhor Jesus. Entretanto, quando Ele veio, João não saiu de cena após batizar Jesus; antes, continuou com sua obra particular. Por fim, o Senhor não o salvou da prisão.
João Batista foi muito útil ao Senhor para introduzi-Lo em Seu ministério. Foi ele quem batizou o Senhor com água, ocasião em que o Espírito de Deus desceu sobre o Senhor Jesus em forma de pomba e O ungiu para o ministério. Contudo, a partir daí, João deveria apenas seguir a Jesus.
Só Jesus é o Senhor. Essa é a revelação que recebemos da Bíblia. Só Ele tinha o ministério do Novo Testamento. O Espírito de Deus desceu sobre Ele e O ungiu, e o Pai confirmou, dizendo: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3:17). Aleluia! Deus Lhe deu uma incumbência, e Ele foi fiel em cumpri-la. Nas semanas seguintes vamos falar ainda muito sobre o ministério neotestamentário e ver qual o ministério que seguimos e praticamos. Somente um ministério permanecerá até a volta do Senhor: o ministério do Senhor Jesus.
 
Ponto-chave: Ministros do ministério do Senhor Jesus.
Pergunta: Qual é o perigo de alcançar certo sucesso na obra do Senhor?
 

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