Semana 2 – Segunda-Feira
Leitura bíblica: Ap 1:4, 11, 20; 2:7a, 11a, 17a, 29; 3:13, 22
Ler com oração:
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça (Mt 13:9).Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas (Ap 3:6).
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TER OUVIDOS PARA OUVIR O QUE
O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS
Nesta
semana veremos a relação das sete igrejas de Apocalipse 2 e 3 com as
sete
parábolas de Mateus 13. As sete igrejas citadas em Apocalipse
estavam situadas em sete cidades na Ásia Menor, área onde Paulo realizou
sua obra (Ap 1:4, 11). Não havia apenas sete igrejas naquela
região; havia outras igrejas ali, como a igreja em Colossos (Cl
4:15-16), mas essas sete foram usadas para prefigurar profeticamente a
história da igreja bem como a sua condição
espiritual.
Há
um significado profético no nome das cidades da Ásia onde estavam as
sete
igrejas. A primeira é a igreja em Éfeso. O nome Éfeso significa
desejável. A segunda é a igreja em Esmirna, cujo nome significa mirra,
uma planta de gosto amargo, portanto relacionado a
sofrimento. A terceira é a igreja em Pérgamo, cujo nome significa
torre alta e também casamento; isso indicava seu casamento com o mundo e
sua condição anormal de crescimento. Depois temos a
quarta igreja em Tiatira, que significa sacrifício incessante e que
se refere à mistura introduzida na igreja de ensinamentos pagãos a
partir do quarto século. A quinta é a igreja em Sardes, cujo
nome significa restauração, prefigurando uma nova condição da igreja
no período pós-reforma; embora tivesse o nome de restauração, ela não
fez a obra completa que lhe fora confiada. A sexta é a
igreja em Filadélfia, cujo nome significa amor fraternal. E a sétima
é a igreja em Laodiceia, cujo nome quer dizer julgamento ou direito do
povo.
Nas
cartas a essas sete igrejas, vemos o amor e o cuidado do Senhor por
meio do
que Ele tinha a dizer a cada uma delas naquela época, bem como o
aspecto profético, que mostra toda a história da igreja. Veremos a
relação dessas igrejas com as parábolas de Mateus 13 a partir
da leitura de amanhã. Por isso “quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas” (Ap 2:7a, 11a, 17a, 29; 3:6, 13, 22).
Ponto-chave: O amor e o cuidado do Senhor por Suas
igrejas.
Pergunta: Qual é o significado do nome das cidades onde estavam as sete
igrejas?
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Semana 2 – Terça-Feira
Leitura bíblica: At 20:18-31; Ef 3:1-12; 1 Tm 1:1-5
Ler com oração:
Por
esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti
pela
imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos tem dado espírito de
covardia, mas de poder, de amor e de moderação (2 Tm 1:6-7).
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A PARÁBOLA DO SEMEADOR E A IGREJA EM ÉFESO
A
parábola do semeador se relaciona com a primeira das igrejas de
Apocalipse, a
igreja em Éfeso, que simboliza a igreja na época dos apóstolos. A
igreja em Éfeso recebeu bastante cuidado do apóstolo Paulo (At 19:8-10;
20:18-31). Ela deveria estar numa condição desejável,
como o próprio nome significa. Mas, na época de Paulo, não estava
numa condição tão boa.
Quando
foi aprisionado pelos judeus e enviado a Roma, Paulo escreveu quatro
epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Embora,
pessoalmente, não pudesse estar lá para ajudar na edificação da igreja,
esperava que os efésios tomassem suas palavras e assim
edificassem a igreja em Éfeso. O objetivo da epístola era que a
igreja pudesse lê-la e praticá-la. A carta aos efésios continha as
revelações elevadas sobre a economia neotestamentária de Deus,
isto é, sobre a Fé objetiva ser trabalhada em nossa fé subjetiva
(cf. Ef 3:2-4, 8-9)¹.
Após
ser solto de seu primeiro aprisionamento, Paulo visitou novamente as
igrejas
da Ásia e passou por Éfeso, porém não pôde permanecer no meio deles
por tanto tempo como anteriormente. Assim quando partiu deixou ali seu
jovem cooperador Timóteo, a quem mais tarde enviou uma
epístola na qual pediu a ele para que admoestasse certos irmãos que
não ensinassem coisas diferentes da economia de Deus (1 Tm 1:3-4)².
Porém, a situação em Éfeso era tão negativa e subjugadora
que até mesmo Timóteo ficou desencorajado. Paulo, então, lhe
escreveu uma segunda carta para animá-lo.
A
igreja em Éfeso naquela condição não era desejável. Nisso vemos a
relação entre
a primeira parábola e a igreja em Éfeso. O coração dos santos ali
talvez estivesse como os três primeiros tipos de solo na parábola do
semeador, de modo que a Palavra não pôde frutificar.
Timóteo, mesmo exortando-os a não ensinar diferentemente, não
conseguiu fazê-los permanecer firmes na economia divina. Podemos dizer
que os irmãos de Éfeso usaram a mente para estudar e analisar
os ensinamentos de Paulo, porém não o espírito para absorvê-los. Por
fim, apenas os consideravam como doutrina. Essa nunca foi a intenção do
apóstolo Paulo.
Hoje
há muitos cristãos que também tomam a Palavra de Deus como doutrina e
até
mesmo se orgulham em ter maior conhecimento bíblico que os demais.
Esse tipo de atitude não produz crescimento espiritual, e sim o
fortalecimento da soberba, da vida da
alma.
A
situação negativa da igreja em Éfeso e o desencorajamento de Timóteo
diante
dessa situação motivaram o apóstolo Paulo a lhe escrever uma segunda
epístola, exortando-o a reavivar, ou reacender, o dom que havia nele (2
Tm 1:6). Igualmente, nós devemos exercitar nosso
espírito ao ler a Palavra e aplicá-la à nossa experiência, a fim de
que se torne nossa realidade. Desse modo, assim como a semente que caiu
em boa terra, a palavra do reino poderá germinar,
crescer e dar fruto a cem, a sessenta e a trinta por um.
Ponto-chave: Absorver a palavra do reino espírito e aplicá-la à nossa
experiência.
Pergunta: De que modo a parábola do semeador está relacionada com a igreja em
Éfeso?
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Semana 2 – Quarta-Feira
Leitura bíblica: Mt 13:24-30, 36-43
Ler com oração:
Não
temas as coisas que tens de sofrer. [...] Sê fiel até à morte, e
dar-te-ei a
coroa da vida (Ap 2:11). Porque para mim tenho por certo que os
sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a
ser revelada em nós (Rm 8:18).
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A PARÁBOLA DO JOIO E A IGREJA EM ESMIRNA
A segunda carta de Apocalipse 2:3 foi escrita à igreja em Esmirna. A palavra
Esmirna quer dizer mirra, resina amarga usada para embalsamar. Isso indica que a igreja iria passar por sofrimento.
De
acordo com a história, muitos cristãos foram martirizados sob a
perseguição do
império romano nesse período. Mas a igreja invocava o nome do
Senhor, e, assim, os irmãos permaneciam firmes. Durante o período
prefigurado pela igreja em Esmirna, houve dez grandes perseguições
(Ap 2:10), porém, mesmo em meio à tanta tribulação, o número de
cristãos aumentou. Certamente a palavra do Senhor e o Seu nome os
encorajaram a ser fiéis até a morte, assim como foi Antipas, a
fiel testemunha do Senhor (vs. 11, 13b).
Essa
carta se relaciona à segunda parábola, a do joio, em Mateus 13. O fato
de
haver joio plantado no mesmo campo que o trigo traz sofrimento para o
trigo. O joio não foi semeado pelo senhor da terra, mas pelo inimigo
(vs. 24-25).Uma vez que a semente do joio e a semente do
trigo foram semeadas no mesmo terreno, as raízes se entrelaçam
debaixo do solo. Se o joio fosse arrancado, poderia também arrancar-se o
trigo. Por isso o senhor disse a seus servos: “Deixai-os
crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos
ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado;
mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (v.
30).
Quando
o trigo amadurece, por causa de seus muitos grãos, a espiga se encurva,
porque está cheia de vida. Quanto mais vida há, mais se encurva. O
joio, porém, não é assim; fica ereto. Então o motivo de deixar crescer
trigo e joio juntos é que aqueles que têm vida, quanto
mais crescem, mais frutos dão e mais humildes se tornam. Contudo os
que são como joio, quanto mais crescem, mais orgulhosos se tornam.
Segundo
a explicação do Senhor nos versículos 37-43, quando Ele vier com Seus
anjos na consumação do século, todos seremos julgados em Seu
tribunal. Os que têm a vida de Deus, representados pelo trigo, poderão
adentrar o reino milenar (v. 43). Todavia todos os escândalos e
os que praticam a iniquidade serão ajuntados e lançados na fornalha
acesa; ali haverá choro e ranger de dentes (vs. 41-42). O joio, que
simboliza os filhos do maligno, será atado em feixes e
jogado para ser queimado na fornalha acesa.
Embora
o joio represente os incrédulos, para fim de aplicação à nossa
experiência, podemos dizer que também se refere a cristãos que, por
viver na vida da alma, são usados pelo maligno como obstáculos para o
crescimento espiritual dos crentes sequiosos e que amam o
Senhor. Nesse sentido, a fornalha acesa também pode se referir às
trevas exteriores, nas quais os cristãos anímicos serão lançados para
amadurecer no milênio (25:30). Esse processo para acelerar
o amadurecimento dos filhos de Deus imaturos é o mesmo que certas
frutas sofrem numa estufa por terem sido colhidas ainda verdes. O
objetivo não é destruí-las, mas
amadurecê-las.
Todos
nós necessitamos de crescimento, amadurecimento. Por isso precisamos
aproveitar todas as oportunidades que surgem na vida normal da
igreja para crescer. Muitas vezes, passamos por perseguições e calúnias
de pessoas que desejam nos destruir. Mas nessas situações de
oposição e sofrimento, devemos buscar crescer mais e nos tornar
filhos maduros. Por fim, os que amadurecerem serão justos e
“resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai”
(13:43).
Ponto-chave: Crescer a despeito das
dificuldades.
Pergunta: Que pode nos fortalecer em meio as tribulações e
sofrimentos?
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Semana 2 – Quinta-Feira
Leitura bíblica: Gn 1:11-12; Mt 13:31-32
Ler com oração: Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus(Mt
4:4).
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A PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA E A IGREJA EM PÉRGAMO
A
terceira parábola é a do grão de mostarda que, embora sendo uma
hortaliça,
cresceu a ponto de se tornar uma árvore em que até as aves se
aninham (Mt 13:31-32). A mostarda é uma hortaliça que serve de alimento
às pessoas e deve permanecer como tal. Esse crescimento é
contrário ao princípio divino estabelecido em Gênesis 1 de que cada
planta daria fruto segundo sua espécie (vs. 11-12). Portanto uma
hortaliça crescer a ponto de se tornar árvore é um crescimento
anormal.
Alguns
interpretam erroneamente esse crescimento anormal e pensam que descreve
o
aumento de uma igreja em número, como se fosse algo positivo. Porém
temos de nos lembrar de que “as aves do céu vêm aninhar-se nos seus
ramos” (Mt 13:32). Segundo a própria interpretação do
Senhor na parábola do semeador, as aves representam o maligno (vs.
4, 19). Portanto essa figura se refere ao crescimento anormal em número,
ocorrido quando o cristianismo tornou-se a religião
oficial adotada pelo império romano.
Essa
parábola se relaciona à terceira igreja: Pérgamo. A palavra Pérgamo tem
dois
significados: um é torre alta, lugar elevado, outro é casamento.
Isso estava relacionado ao fato de que naquele momento os cristãos
obteriam na sociedade uma posição mais elevada e forte com o
casamento entre a igreja e a política. Nos dias prefigurados pela
igreja em Pérgamo, o inimigo de Deus deixou de usar o império romano
para perseguir a igreja, pois a perseguição só ajudara a
produzir um aumento no número de cristãos. Satanás mudou sua tática:
a igreja que antes era perseguida, passou a ser exaltada.
Na
época em que o imperador Constantino supostamente se converteu ao
cristianismo, os cidadãos eram incentivados a se converter também,
recebendo por isso benefícios materiais e isenção de impostos. Assim,
por conveniência, muitos se tornaram cristãos, não por
invocar o nome do Senhor, mas para obter benefícios. Isso levou a
igreja a uma condição anormal. Com o passar do tempo, o número de
cristãos nominais aumentou, e a autoridade eclesiástica passou
a ser mais forte que a do império romano. Que o Senhor nos livre
desse tipo de engano e nos mantenha sempre no caminho da vida!
Ponto-chave: Permanecer no caminho da
vida.
Pergunta: Qual a mudança de tática do inimigo de Deus, uma vez que a perseguição
contra a igreja por parte do império romano não surtiu o efeito que ele desejava?
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Semana 2 – Sexta-Feira
Leitura bíblica: Mt 4:4; 13:33; Ap 2:18-29
Ler com oração:
Cuidado
que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas,
conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e
não segundo Cristo (Cl 2:8).Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina.
Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto
a ti mesmo como aos teus ouvintes (1 Tm 4:16) .
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A PARÁBOLA DO FERMENTO E A IGREJA
EM TIATIRA
A
quarta igreja de Apocalipse 2-3, a igreja em Tiatira (vs. 18-29),
corresponde à
parábola da mulher que colocou fermento nas três medidas de farinha:
“Disse-lhes outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento
que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de
farinha, até ficar tudo levedado” (Mt 13:33). A função do fermento é
fazer a massa crescer e deixar o pão macio para ser ingerido. Um pão
sem fermento, isto é, asmo, é mais difícil de
ingerir.
As
três medidas de farinha se referem ao Deus Triúno como suprimento de
vida,
segundo a pura palavra de Deus (cf. Gn 18:6; Lv 5:11). O fermento
está relacionado aos ensinamentos e doutrinas errôneos (Mt 16:12; Gl
5:9) ou a pecados (1 Co 5:8). A mulher aqui se refere a
Jezabel, e o fermento que levedou toda a massa são seus ensinamentos
que induziram os servos de Deus a praticar a prostituição e a comer
coisas sacrificadas aos ídolos (Ap 2:20; 1 Rs 16:31; 18:4;
21:25; 2 Rs 9:22).
Quando
o fermento entrou, isto é, quando muitas doutrinas pagãs e até
demoníacas
foram introduzidas na igreja, especialmente na idade média, trouxe
anormalidade. Esses ensinamentos fizeram com que a igreja crescesse e se
expandisse rapidamente, pois as várias doutrinas e
práticas pagãs tornaram a Palavra mais agradável aos povos, que
assim não precisavam deixar suas práticas pagãs ao se converterem ao
cristianismo. Além disso, foi introduzido o ensinamento sobre
adorar Maria, e sutilmente o nome do Senhor Jesus foi deixado de
lado, parou de ser invocado.
O
pão que nós comemos tem de ser asmo, sem fermento, isto é, a palavra
que
falamos deve ser pura, sem mistura. Não devemos inserir filosofias,
conceitos ou tradições de homens para deixar a Palavra mais agradável
aos ouvidos das pessoas. Embora muitas vezes a palavra
pura do Senhor seja de difícil assimilação, ainda assim devemos
tomá-la no espírito, com oração, pois ela é alimento para nós e por ela
devemos viver (cf. Mt 4:4).
Ponto-chave: Tomar a pura palavra de Deus no espírito, com
oração, sem fermento.
Pergunta: Quais foram os “fermentos” introduzidos na igreja em
Tiatia?
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Semana 2 – Sábado
Leitura bíblica: Mt 13:44-46; Ap 3:1-13
Ler com oração:
Porque
guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da
hora
da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar
os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens,
para que ninguém tome a tua coroa (Ap
3:10-11).
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A PARÁBOLA DO TESOURO E A IGREJA EM SARDES, E A PARÁBOLA DA PÉROLA E A IGREJA EM
FILADÉLFIA
Veremos
hoje sobre a quinta igreja, a igreja em Sardes (Ap 3:1-6), cujo nome
significa restauração. Ela prefigura o período da igreja a partir da
reforma iniciada por Martinho Lutero, por volta do ano 1500. Com a
reforma, a Bíblia, que antes era proibida às pessoas comuns
e somente podia ser lida pelo clero em latim, foi traduzida para
várias línguas e tornou-se acessível para todos. A invenção da imprensa
contribuiu muito para a divulgação da Palavra de
Deus.
Esse
movimento abriu portas para diferentes interpretações da Bíblia e o
surgimento de grupos cristãos baseados nessas interpretações. Assim o
Corpo de Cristo se fragmentou em inúmeras “igrejas”. Por isso, para a
igreja em Sardes, o Senhor diz: “Conheço as tuas obras,
que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o
resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas
obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que
tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te” (vs. 1b-3a). “Ter
nome de que vive, mas estar morto” indica que não tomaram a Palavra de
Deus como vida, mas apenas como
doutrina.
A
quinta parábola, que é a do tesouro escondido no campo, pode ser
associada à
igreja em Sardes (Mt 13:44). Embora o homem tenha encontrado o
tesouro e pago todo o preço para comprar o campo, o tesouro continuou
escondido. Em outras palavras, embora a Bíblia tenha sido
aberta e muitas verdades restauradas, deixaram escondido o mais
importante e usaram as diferentes interpretações da Palavra para causar
divisão no Corpo de Cristo. Que o Senhor nos guarde de
apenas estudar e analisar a Bíblia e assim causar divisões; antes,
tomemos a Palavra no espírito, com oração, a fim de praticá-la, para que
se torne realidade em nosso
viver.
A
sexta igreja descrita em Apocalipse é a igreja em Filadélfia, cujo nome
significa amor fraternal (Ap 3:7-13). Ela simboliza aqueles que nos
dias atuais, embora tenham pouca força, guardam a palavra do Senhor e
não negam Seu nome, isto é, O invocam e não tomam nenhum
outro nome além do nome do Senhor. Como resultado desse viver, estão
mais no espírito, e ganham mais da vida de Deus.
Quanto
mais a vida de Deus cresce em nós, mais manifestamos a característica
principal dessa vida: o amor. O resultado de guardar a Palavra e da
prática de invocar o nome do Senhor é o amor fraternal, daí o nome
Filadélfia. Essa é a verdadeira
restauração!
A
parábola em Mateus 13 que se relaciona à igreja em Filadélfia é a da
pérola: “O
reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas
pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que
possui e a compra” (vs. 45-46). O que negocia é um
especialista e sabe o valor da pérola que comprou. Aqui não diz que
ele a escondeu, mas comprou-a para exibi-la. Hoje, quando saímos para
pregar o evangelho em todos os lugares, utilizando os
instrumentos que o Senhor nos deu, como os livros que revelam o
evangelho do reino, estamos apresentando essa pérola de grande valor a
todas as pessoas! Aleluia!
Ponto-chave: Não esconder a revelação que ganhamos, mas
apresentá-la a todos.
Pergunta: Qual a diferença entre as parábolas do tesouro escondido e da
pérola?
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Semana 2 – Domingo
Leitura bíblica: Mt 13:47-50; Ap 3:14-22
Ler com oração:
Aconselho-te
que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres,
vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta
a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que
vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê,
pois, zeloso e arrepende-te (Ap 3:18-19).
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A PARÁBOLA DA REDE E A IGREJA EM LAODICEIA
Infelizmente,
depois de Filadélfia, ainda há a igreja em Laodiceia, cuja condição
revela os que se consideram ricos e abastados, porém não percebem
que são miseráveis, pobres, cegos e nus (Ap 3:17). Esses são os que, por
terem muito conhecimento da Palavra de Deus, julgam ter
tudo e não precisam de mais nada; esse conhecimento faz deles
pessoas orgulhosas e mornas no espírito (vs. 15-16).
A
sétima parábola, relacionada a essa igreja, é a da rede em Mateus
13:47-50: “O
reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar,
recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores
arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons
para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do
século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os
lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de
dentes”. A rede que foi lançada ao mar se enche e é trazida até a
praia. Aparentemente há muito conteúdo nela, mas depois se descobre que
nem tudo ali é peixe. Uma vez na praia, é preciso fazer a
triagem. Os peixes vão para o cesto; os demais itens são deitados
fora. Assim é todo aquele que é orgulhoso por seu conhecimento.
Engana-se por pensar que tem muito, mas é pobre da presença do
Senhor, cego em relação à vontade de Deus e nu em seu viver. Em uma
igreja com tanta pompa, como Laodiceia, o Senhor só pode estar do lado
de fora. Mesmo assim, o Senhor a chama ao arrependimento
(Ap 3:19).
Espiritualmente,
as condições das sete igrejas expõem a situação do povo de Deus
em diferentes épocas e lugares. Historicamente, o período
representado pelas três primeiras igrejas já passou. As quatro últimas
igrejas permanecerão até a volta do Senhor: Tiatira prefigura os
que introduziram a idolatria e ensinamentos pagãos; Sardes simboliza
vários grupos que após a reforma só mantiveram a aparência e não
completaram a obra de restauração; Filadélfia tipifica a
restauração do viver adequado da igreja, um viver de amor fraternal;
e Laodiceia representa os que se consideram ricos, por isso se tornaram
orgulhosos e fechados.
Por
misericórdia, o Senhor chama vencedores de todas as sete igrejas (2:7,
11, 17,
26; 3:5, 12, 21). Porém, se formos sábios, estaremos atentos a ouvir
o que o Espírito diz às igrejas e buscaremos ter a realidade da igreja
em Filadélfia – a única louvada por Deus –, sendo
aqueles que invocam o nome do Senhor e desfrutam de Sua palavra
(3:8). Se andarmos por esse caminho, não somente seremos poupados da
tribulação que há de vir sobre o mundo inteiro, como também
conservaremos a coroa, isto é, estaremos prontos para reinar com
Cristo por mil anos no reino milenar (3:10-11; 20:6). Aleluia!
Ponto-chave: Guardar a palavra e invocar o nome do
Senhor.
Pergunta: Como podemos ser vencedores nesta era?
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