Semana 5 - Segunda-feira
Ler com oração:
Quando, porém, algum deles
se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado (2 Co 3:16). Que o Deus de
nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda
espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele (Ef
1:17).
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A REGENERAÇÃO
Com relação
ao “nascer de novo”, que é o tema desta semana, devemos saber
o que é, como e quando nascemos de novo, e onde estão os versículos
relacionados a isso. Por meio de nossos pais físicos, recebemos a vida
humana e, por meio do novo nascimento, somos gerados de
Deus (Jo 1:12) e recebemos a vida divina - a vida eterna, incriada,
indestrutível e ressurreta.
A revelação
desse assunto é progressiva no Novo Testamento. Quando estudamos as
epístolas de Paulo, não vemos a questão do novo nascimento descrita
de maneira tão direta, mas apenas afirmações de que ganhamos vida
juntamente com Cristo (Ef 2:1, 5); de que Cristo é a nossa
vida (Cl 3:4); e de que fomos salvos mediante o lavar regenerador do
Espírito Santo (Tt 3:5).
Ao falar sobre
regeneração, ou novo nascimento, sempre nos reportamos aos
capítulos 1 e 3 do Evangelho de João. Todavia foi o apóstolo Pedro
quem apresentou a importância de sermos regenerados, e isso ele fez
muito tempo antes de João escrever seu evangelho. Logo no
início de sua primeira epístola, Pedro registra: “Bendito o Deus e
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia,
nos regenerou para uma viva esperança, mediante a
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pe 1:3). Além
disso, ele mostra como nós ganhamos a nova vida: “Pois fostes
regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível,
mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (v. 23).
Graças ao Senhor, o que foi apresentado por Pedro deve ter sido a base
para que o apóstolo João desenvolvesse esse assunto. Tendo
essa base firme, João revelou que, ao crer no nome de Jesus,
nascemos de Deus, ganhamos uma nova vida e nos tornamos Seus filhos (Jo
1:12-13). João também usou as palavras de Jesus para
Nicodemos: “Importa-vos nascer de novo” (3:7).
Isso nos
mostra que a Bíblia sempre nos oferece novas revelações. Para obtê-las,
não podemos ficar presos aos conceitos antigos que aprendemos; nossa
mente precisa ser renovada (Rm 12:2). Por exemplo, para revelar quem
Ele era e sobre Sua igreja, o Senhor Jesus foi para
Cesareia de Filipe (Mt 16:13). Ele não pôde dar essa revelação aos
discípulos em Jerusalém porque o ambiente ali estava contaminado com a
religião judaica, assim como numa grande cidade há a
poluição do ar. Todavia, em Cesareia de Filipe, ao sopé do monte
Hermon, onde a atmosfera era límpida, sem a poluição, a contaminação e a
tradição do judaísmo, foi revelado aos Seus discípulos
que Jesus não era um mero profeta nem mesmo João Batista, mas o
Cristo, o Filho do Deus vivo (v. 16). Ali também lhes foi revelado sobre
a Sua igreja (v. 18), a relação dela com o reino dos céus
(v. 19) e qual deve ser o viver da igreja (v. 24).
Os
ensinamentos dos fariseus em Jerusalém eram como fermento, por isso o
Senhor
Jesus disse aos Seus discípulos, antes de levá-los para Cesareia de
Filipe: “Vede e acautelaivos do fermento dos fariseus e dos saduceus”
(v. 6); explicando-lhes que se acautelassem não do
fermento de pães, “mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus” (v.
12). A função do fermento é deixar a massa mais macia, o que facilita na
hora de comer o pão. Se a Palavra, como o pão da vida
tem fermento, já não é um pão puro, asmo. Isso confirma que, para
ter revelação do Senhor, precisamos livrar-nos das tradições, doutrinas
de homens e práticas religiosas, pois elas são como
fermento que leveda toda a massa.
Devemos
acautelar-nos desse tipo de ensinamento, dos conceitos religiosos e das
tradições dos homens se queremos obter do Senhor e de Sua Palavra
mais revelações. Se não formos renovados em nossa mente e purificados em
nosso coração, é possível que até o que já recebemos ou
aprendemos no passado se torne um véu que nos impede de ter novas
revelações. Que o Senhor nos guarde disso!
Pergunta: Que itens da sua vida espiritual o Senhor tem mostrado a você que devem ser retirados para que você receba luz e vida na palavra?
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Semana 4 - Terça-feira
Leitura bíblica:
Mt 3:1-12
Ler com oração:
Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz (Rm 8:5-6).
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Colocar a mente no Espírito
No capítulo 3 do
Evangelho de Mateus lemos que João Batista, o precursor do Senhor Jesus,
disse:
“Arrependeivos, porque está próximo o reino dos céus. [...] Produzi,
pois, frutos dignos de arrependimento. [...] Eu vos batizo com água,
para arrependimento” (vs. 2, 8, 11). Como já enfatizamos,
a palavra arrependimento quer dizer mudança de parecer, mudança de
mente, de modo de pensar. Para entender melhor esse aspecto de nossa
vida espiritual e aplicá-lo ao nosso viver, precisamos
saber o que é a mente.
Em Romanos 8
temos uma boa explicação sobre ela, quando Paulo menciona que nosso ser
tripartido −
composto de espírito, alma e corpo −, é vivificado quando contatamos
o Espírito de Deus: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito,
se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém,
Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do
pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça” (vs.
9-10). Quando somos regenerados, crendo no Senhor Jesus, nosso
espírito toca o Espírito de Cristo, que é o próprio Cristo, e recebe
vida. O versículo 11 diz: “Se habita em vós o Espírito daquele
que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou
a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal,
por meio do seu Espírito, que em vós habita”. Uma vez
que o Senhor, que é vida, habita em nosso espírito, até nosso corpo
mortal recebe vida.
Esses
versículos de Romanos 8, porém, não mencionam a palavra alma; antes,
falam
da mente: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas
da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do
Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do
Espírito, para a vida e paz” (vs. 5-6). A palavra “pendor” nesse
trecho é “mente” no original grego, tanto que na Tradução Brasileira
lê-se: “Os que são segundo a carne, põem a sua mente nas
coisas da carne, mas os que são segundo o Espírito, põem a sua mente
nas coisas do Espírito. A mente da carne é morte, mas a mente do
Espírito é vida e paz”. A mente faz parte da alma, assim como
a emoção e vontade. A mente é a parte líder de nossa alma, portanto a
alma em Romanos 8 é representada pela mente. Desse modo todo o nosso
ser – espírito, alma e corpo – ganham vida quando a
mente é posta no Espírito.
Quando João
Batista falou em arrepender-se ou em arrependimento, ele estava falando
de
mudança de mente, a parte líder da alma. Era como se ele dissesse:
“O reino já está próximo, não permaneçam em sua alma caída. Se
continuarem vivendo segundo as inclinações de seus pensamentos,
não receberão o que vem após mim para batizá-los com Espírito e com
fogo. Por isso tenham uma mudança de mente, voltem o coração ao Senhor e
recebam vida”.
Em nossa
experiência inicial de salvação, é exatamente isso que acontece: ouvimos
o
evangelho e nos arrependemos, isto é, voltamos nosso ser interior ao
Senhor e cremos Nele e em Sua obra realizada por nós. Desse modo nos
abrimos ao Senhor Jesus e Ele entra em nós
regenerando-nos. Esse é o início de nossa maravilhosa salvação.
Aleluia!
Ponto - chave: A mente no espírito é vida e paz.
Pergunta: Como tem sido sua experiência de voltar a mente ao espírito e obter vida e paz?
1 Co 6:9-11; 1 Pe 1:18-19
Ler com oração:
Foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos (Rm 6:6). Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano e vos renoveis no espírito do vosso entendimento (Ef 4:22-23)
Ponto - chave: Transformação de dentro para fora.
Pergunta: De que maneira e por meio de que o Senhor muda uma pessoa?
Pergunta: Como tem sido sua experiência de voltar a mente ao espírito e obter vida e paz?
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Semana 5 - Quarta-feira
Leitura bíblica:
1 Co 6:9-11; 1 Pe 1:18-19
Ler com oração:
Foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos (Rm 6:6). Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano e vos renoveis no espírito do vosso entendimento (Ef 4:22-23)
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Testemunho encorajador
Como vimos
ontem, o arrependimento pregado por João Batista e depois pelo Senhor
Jesus está
ligado a negar a nós mesmos, a nossa maneira caída de pensar.
Por isso outra maneira de entender Mateus 3:2 é: “Negai a vida da alma
porque está próximo o reino dos céus”. Isso nos mostra que
hoje vivemos na época de negar a nós mesmos.
Em recente
conferência na Estância Árvore da Vida uma pastora luterana da Alemanha
comentou consigo mesma durante a reunião: “O irmão está falando
novamente em negar a vida da alma? Todo dia ele fala disso. Já falou,
agora vai repetir?!”. Nessa mesma mensagem eu havia
falado: “Muita gente se pergunta por que ainda falo em negar a
vida da alma. É porque o Espírito Santo sabe que você ainda não a negou o
suficiente”. Isso não foi falado diretamente para ela,
mas de qualquer maneira essa palavra ajudou-a a orar sobre isso
naquela noite. No dia seguinte, após a mensagem, ela deu testemunho de
que, quando orou para o Senhor, o Espírito Santo lhe
confirmou que ela ainda não negara a vida da alma o suficiente.
Essa pastora ficou profundamente impressionada com isso e se arrependeu
de seu pensamento anterior sobre esse
assunto.
Depois da
conferência, ela foi visitar várias localidades e alguns CEAPEs – Centro
de
Aperfeiçoamento para Propagação do Evangelho. Um deles é
composto de exmoradores de rua e também pessoas que tiveram problemas
com dependência química. Ali eles são acolhidos, aprendem a
invocar o nome do Senhor, a orar, e assim começam a ganhar mais
da vida de Deus. O grande problema em situações como essa é que,
geralmente, essas pessoas recebem o cuidado de órgãos
assistenciais, mas, depois de reabilitados, nem sempre conseguem
encaixar-se novamente na sociedade. Porém, por meio do CEAPE, esses
irmãos estão sendo aperfeiçoados a se tornar colportores;
desse modo, eles têm uma profissão digna para seu sustento,
fazendo a obra de Deus. Quando essa pastora luterana ouviu o testemunho
de cada ceapista, ficou muito impactada. Ela disse com
lágrimas nos olhos: “Vou voltar para a Alemanha e falar com o
governo. O governo alemão fracassou em tentar restaurar pessoas com esse
tipo de problema. Eles gastaram muito dinheiro tentando
recuperá-las, mas não conseguiram, e aqui vocês conseguem. Além
disso, uma vez libertados das drogas, elas têm um bom trabalho, o
trabalho mais elevado, pois são como apóstolos e sumos
sacerdotes, conduzindo as pessoas a Deus por meio dos livros”.
Somente a
vida divina é capaz de nos transformar. Não apenas mudamos exteriormente
em
aparência e comportamento, mas o que ocorre é uma transformação
interior. O Senhor entra em nosso espírito começa a trabalhar em nossa
alma a fim de transformá-la. Para isso, precisamos
permitir-Lhe que faça isso, precisamos dar-Lhe espaço. Fazemos
isso negando a nós mesmos, tomando a cruz e perdendo a vida da alma.
Isso é abrir mão de nossos conceitos, opiniões e vontades e
permitir que a vida divina cresça em nós. Que todos nós tenhamos
a contínua experiência de negar a vida da alma!
Pergunta: De que maneira e por meio de que o Senhor muda uma pessoa?
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Semana 5 - Quinta-feira
Leitura bíblica:
Mt 3:11-12; 13:22; 1 Pe 1:6-7; 3:12-13
Ler com oração:
O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor (Pr 17:3).
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Batizados com Espírito e com fogo
Ao
anunciar o Senhor Jesus, João Batista disse: “Eu vos batizo com água,
para
arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais
poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos
batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3:10).
Segundo uma corrente de interpretação, o termo “fogo”
nesse versículo, de acordo com o contexto, é o fogo inextinguível,
mencionado no versículo 12, o lago de fogo (Ap 20:10). De
acordo com essa interpretação, o fogo e o Espírito Santo
estariam separados, ou seja, quem recebe o Senhor Jesus é batizado com o
Espírito Santo; quem não O recebe, é batizado com
fogo. Porém cremos que, se fosse assim, a conjunção
seria “ou”, e não “e”: “Ele vos batizará com o Espírito Santo ou com
fogo”. Contudo não foi isso que o Senhor falou, e sim: “Com o
Espírito Santo e com fogo”.
Aplicando esse versículo segundo nossa experiência, podemos dizer que o
Senhor
batiza os crentes com o Espírito Santo quando creem Nele
e os submete a umtratamento de fogo para purificá-los, como o fogo
purificao ouro (1 Pe 1:6-7).
Pedro provou bastante desse fogo purificador do Espírito e foi muito
transformado. O
Pedro dos evangelhos é bem diferente do Pedro de Atos e
do Pedro que escreveu as duas cartas. Nos evangelhos encontramos um
Pedro com a vida da alma muito forte, a qual foi exposta
pelo Senhor não apenas uma ou duas vezes, mas em muitas
ocasiões. Toda vez que o Senhor lhe desmascarava a vida da alma, causava
um sofrimento para ele. Embora ele se submetesse a
esse tratamento naquele momento, pouco depois suas
opiniões e seu ser natural se manifestavam novamente.
Por
fim, depois de várias provações, ele já não era um Pedro natural, mas um
Pedro
transformado. Por isso ele pode dizer: “Amados, não
estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a
provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse
acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em
que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na
revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1 Pe
4:12-13).
O
Espírito Santo e o fogo não estão separados, mas juntos. Onde há
Espírito Santo há
fogo. Vamos tomar como exemplo uma reunião da igreja:
quando nos reunimos e cantamos, oramos, compartilhamos no Espírito,
acaso sentimos gelo dentro de nós? Não; antes, o sentimento é
de fogo, de calor, de fervor no espírito! Por isso
alguns até saltam e pulam! As labaredas espirituais é que os fazem
pular! No Espírito há fogo, e devemos aproveitar quando estamos
no Espírito para queimar a vida da alma.
Em
Mateus13, temos a parábola do semeador: a semente caiu em quatro tipos
de solo. A
terceira situação é a da semente plantada entre os
espinhos, que representam as preocupações da vida e a fascinação das
riquezas. Como o espinheiro é um mato, se apenas o cortamos,
ele brota de novo! Isso está relacionado com eliminar a
vida da alma por meio do sofrimento. A melhor maneira é queimar o mato,
queimar os espinhos. Isso indica que não podemos apenas
“cortar” a vida da alma; é preciso queimá-la com o fogo
do Espírito Santo!
Ponto - chave: Estar no Espírito para eliminar a vida da alma.
Pergunta: Qual a diferença entre Pedro encontrado nos evangelhos, o que está em Atos e o que escreveu as epístolas? O que o fez
mudar?
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Semana 5 - Sexta-feira
Leitura bíblica: Gn 2:10-12; 1 Pe 4:7; Ap 21:18-21
Ler com oração:
A estrutura da muralha é de jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido (Ap 21:18).
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O resultado da obra purificadora da nossa fé
Pedro falou que, assim como o ouro precisa ser refinado pelo fogo, o
valor
da nossa fé também é provado para que desfrutemos
louvor, glória e honra quando o Senhor se revelar (1 Pe 1:7). O minério
de ouro, em geral, não é encontrado em sua forma pura; ele é
escavado ou garimpado nos rios onde sempre há impurezas.
Para purificá-lo, é preciso lançá-lo num cadinho, uma espécie de vaso
que resiste a temperaturas muito altas. Coloca-se o
minério no cadinho e ele derrete. Como o ouro tem o peso
específico muito alto, ele vai para o fundo, e as impurezas vêm para a
superfície. Assim as impurezas podem ser
retiradas.
Pedro encontrou o segredo para ter a vida da alma purificada: Espírito
Santo e
fogo. Talvez ele tenha pensado: “Sofro tanto por causa
de minha vida da alma. Quando sofro, eu a nego; quando o sofrimento
acaba, ela volta. Porém há um fogo em meu espírito! Por que
então não jogar a minha vida da alma no fogo?”. Pedro
viu que precisamos passar pelo fogo a fim de queimar a vida da alma. Não
é como o espinho que depois de cortado, nasce novamente
porque sua raiz está debaixo da terra; antes, deve ser
arrancado e atirado no fogo.
O
ouro físico é precioso, porém perecível! O valor de nossa fé, todavia,
uma vez
provado, é mais precioso do que o ouro terrenal; é como o
ouro da nova Jerusalém que, de tão puro, é como vidro transparente (Ap
21:21). É esse ouro puro, transparente, que permite o
resplandecer da luz da glória de Deus para as nações ao
redor da cidade santa! Esse é o resultado do trabalhar do Senhor em nós.
O
trabalhar e o purificar do Senhor é também o Seu julgar. Em sua primeira
epístola, Pedro
diz: “Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de
Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles
que não obedecem ao evangelho de Deus?” (1 Pe 4:17).
Embora saibamos que haverá um juízo no tribunal de
Cristo por ocasião de Sua segunda vinda, hoje o Senhor nos julga para
que desde já sejamos aprovados quando Ele voltar. Desse modo,
quando Ele vier, não seremos julgados pelos pecados
cometidos, uma vez que hoje podemos nos arrepender e pedir que Seu
sangue nos purifique de todo pecado (1 Jo 1:7). Quando o Senhor
voltar, em Seu Tribunal, em Sua parousía, Ele vai
avaliar principalmente pelo quanto nossa vida da alma foi negada e pelo
quanto da vida divina teremos em nós.
A
nova Jerusalém é constituída de três itens principais: ouro, pérolas e
pedras preciosas. Esses mesmos itens são encontrados no
rio que sai do Éden e se divide em quatro braços. O primeiro braço, o
rio Pisom, rodeava a terra de Havilá, onde havia ouro.
Logo em seguida, a Bíblia revela que o ouro dessa terra é
bom (Gn 2:10-12), o qual deve ser o ouro transparente da nova
Jerusalém. Em Gênesis esse material precioso estava no rio, que
simboliza o Espírito. Isso significa que, pelo fluir do
Espírito em nós, Deus trabalha transformando-nos em material precioso
para a edificação da nova Jerusalém. Permanecendo no
fluir desse rio, chegaremos a esse destino
transformados, e o propósito eterno de Deus será cumprido. Aleluia!
Ponto - chave: Ourotransparente e límpido.
Pergunta: Qual a diferença entre o matrerial precioso encontrado em Gênesis 2 e o encontrado em Apocalise 21-22?
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Semana 5 - Sábado
Leitura bíblica:
Jo 3:3, 5, 7; Rm 8:17; Gl 4:1; 1 Pe 1:3-5
Ler com oração:
Jo 3:3, 5, 7; Rm 8:17; Gl 4:1; 1 Pe 1:3-5
Ler com oração:
Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita
misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança,
mediante a ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula,
imarcescível, reservada nos céus para vós outros (1 Pe
1:3-4).
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O novo nascimento e a herança
Em João 3:3, o Senhor Jesus diz a Nicodemos: “Em verdade, em verdade
te digo que, se alguém não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus”. Depois, no versículo 5, Ele diz que “quem
não nascer da água e do Espírito não pode entrar no
reino de Deus”. Assim vemos que o ser humano
tem a necessidade de nascer de novo a fim de entrar no reino de Deus
(v. 7).
Pedro experimentou esse novo nascimento, por isso pôde
escrever em sua primeira epístola: “Bendito o
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita
misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança,
mediante a ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos” (1:3). Foi segundo Sua muita misericórdia que Deus Pai
nos regenerou, ou seja, nos fez nascer de novo. Por meio
da ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos, a vida de Deus se tornou disponível a todo o que crê no nome do
Filho de Deus e em Sua Palavra. O objetivo de sermos
regenerados é ganharmos a herança
incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para nós (v.
4). Essa herança se refere a reinarmos com o Senhor no mundo que
há de vir. O desejo de Deus é que Seus
filhos tomem posse dessa herança e desfrutem da salvação preparada para
eles nos últimos tempos (v. 5). Assim vemos que um dos
primeiros a falar sobre o novo nascimento
foi Pedro.
Essa herança e salvação estão relacionadas ao
reino. Baseado nessa revelação, João falou
que é necessário nascer de novo: “Se alguém não nascer de novo, não pode
ver o reino de Deus” (Jo 3:3). Ele também escreveu:
“Quem não nascer da água e do Espírito não
pode entrar no reino de Deus” (v. 5).
Mas que é nascer de novo? É Deus nos
regenerar, nos dar uma nova vida, para uma
viva esperança. Isso é o mesmo que ter esperança na vida! Hoje nós temos
a vida de Deus em nosso espírito, contudo também temos
a vida da alma, isto é, nossa vida natural
herdada de Adão impedindo que a vontade de Deus seja cumprida. A vida
humana caída é chamada de nosso velho homem (Rm 6:6; Ef
4:22; Cl 3:9), ou homem natural (ou anímico,
da alma – 1 Co 2:14 – lit.). Por isso o Senhor diz que, se queremos
segui-Lo, devemos tomar a cruz, negar a nós mesmos e
perder a vida da alma (Mt 16:24-25). Quando
negamos a vida da alma, damos oportunidade para que a vida divina em
nosso espírito se expanda e sature nossa alma. Assim
atingiremos a maturidade. O resultado desse
amadurecimento é receber uma herança.
Os
vencedores receberão essa
herança na manifestação do reino dos céus,
no milênio, no mundo que há de vir. Essa herança será entregue ao homem,
mas não a qualquer homem, e sim aos que nasceram de
novo, ganharam a vida de Deus e amadureceram
nessa vida. Em outras palavras, quem não for regenerado, não nascer de
novo, não poderá nem ver o reino de Deus, muito menos
entrar nele. A regeneração é apenas o
começo; todos que almejam essa herança devem deixar a vida divina
crescer em seu interior para se tornarem filhos maduros. Louvado
seja o Senhor!
Ponto - chave: Nascer, crescer, amadurecer e obter a
herança.
Pergunta: Qual é o objetivo do novo nascimento?
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Semana 5 - Domingo
Leitura bíblica:
Hb 2:5-9; 1 Pe 1:6-7; 4:12-19
Ler com oração:
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação (2 Co 4:17)
Hb 2:5-9; 1 Pe 1:6-7; 4:12-19
Ler com oração:
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação (2 Co 4:17)
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A breve provação do presente e o governo do mundo que há de vir
Diante da revelação que temos recebido de que o Senhor irá
entregar o mundo que há de vir
para os Seus filhos, alguns podem pensar como o salmista: “Que é o
homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o
visites?” (Sl 8:4). De fato, o
homem natural ou velho homem de hoje nunca será coroado de glória e de
honra. Entretanto, pelo trabalhar do Senhor nesse homem,
uma vez regenerado, um dia ele
será transformado e coroado de honra e de glória, assim como o Senhor
Jesus o foi (Hb 2:9).
Hoje estamos no processo de queimar todas as impurezas da
alma, crescer e amadurecer na
vida divina a fim de tomar posse de uma herança incorruptível que será
revelada no último tempo. Pelo fato de termos essa herança
preparada para nós, Pedro disse
para exultarmos (1 Pe 1:6). Exultar é ter uma alegria tremenda: “Embora,
no presente, por breve tempo, se necessário, sejais
contristados por várias
provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais
preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo,
redunde em louvor, glória e
honra na revelação de Jesus Cristo”.
Embora tenhamos grande alegria pelo fato de que temos uma
herança incorruptível da qual
vamos tomar posse, hoje passamos por várias provações que tem como
objetivo provar a nossa fé. Desse modo, o valor da nossa fé é
confirmado. Assim como o ouro
físico, perecível, é apurado por fogo, igualmente nós somos provados.
Não devemos esmorecer, pois ao passar por essas provações o
Senhor nos dá vida suficiente
para resistir a “altas temperaturas”. Além disso, precisamos sempre
lembrar que essas provações são por breve tempo e que a
herança que receberemos é
incorruptível e imarcescível, isto é, não murcha, não perde o viço nem o
frescor. Aleluia!
Segundo a experiência descrita por Pedro, ao sermos
contristados por várias
provações e apurados pelo fogo, podemos ser transformados. Ao passar por
várias provações, devemos invocar: “Ó Senhor Jesus!”, e nos
voltar ao nosso espírito, onde
está o Espírito do Senhor, a fim de queimar as impurezas da alma. Assim,
quando Cristo se manifestar, vamos receber louvor,
glória e honra. Não seremos mais
pessoas comuns, naturais; antes, estaremos qualificados para governar o
mundo que há de vir.
Ponto - chave: A breve momentânea tribulação é para nos preparar para governar o mundo que há de vir (Hb
2:5-8).
Pergunta: Como pode o ser humano caído e menor do que os anjos vir a governar o mundo que há de
vir?
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