terça-feira, 19 de março de 2013

MENSAGEM

Semana 7 – Segunda-feira
 
Leitura bíblica: Jo 1:12; 6:36; 20:31; At 3:16; 4:12; 10:43; Rm 10:9-13
Ler com oração:
Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20:30-31).
 
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O início do ministério de invocar o nome do Senhor
 
Em Atos 2, o Senhor derramou o Seu Espírito sobre homens iletrados e incultos e os capacitou a pregar o evangelho com ousadia e intrepidez. Eles ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em línguas que desconheciam. Isso impulsionou aqueles galileus a iniciar a obra de Deus no meio do povo judeu (v. 7).
Naquele dia, levantou-se Pedro, com os onze apóstolos, e, erguendo a voz, advertiu a multidão que aquele acontecimento se tratava do cumprimento das palavras proferidas pelo profeta Joel, em cuja profecia se menciona que, nos últimos dias, o Senhor derramaria o Seu Espírito sobre toda a carne e todos aqueles sinais e prodígios iriam acontecer. No final, contudo, Joel acrescenta: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (vs. 14-21). Isso mostra que a salvação não está diretamente relacionada com milagres, mas com o fato de invocar o nome do Senhor.
Os sinais e milagres não são suficientes para salvar uma pessoa, pois são exteriores. Mas, ao invocar o nome do Senhor, o homem é salvo interiormente, em seu espírito, sendo regenerado pela vida divina. Por isso, não enfatizamos a busca por sinais e milagres espirituais, pois o desejo de Deus é que o homem seja salvo pela fé em Seu nome (Jo 1:12; 20:31; Rm 10:9-13; At 3:16; 4:12; 10:43).
Por exemplo, à medida que o Senhor Jesus pregava o evangelho, Ele realizava muitos milagres diante dos seus discípulos e das multidões, que passavam a segui-Lo. No caso da multiplicação dos pães, na qual mais de cinco mil pessoas foram alimentadas, vemos que, embora ficassem maravilhadas com os sinais, aquelas pessoas ainda não criam Nele (Jo 6:36). À vista de tanta incredulidade, e de muitos abandonarem o Senhor, os doze discípulos O seguiam por crerem em Sua palavra e em Seu nome. Em João 6:68-69, Pedro até afirmou: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”.
Dentre os doze discípulos do Senhor, quatro foram mencionados de maneira especial: Pedro, André, João e Tiago, que eram pescadores. André e outro discípulo eram discípulos de João Batista, mas, quando o ouviram dizer que Jesus era o “Cordeiro de Deus”, seguiram Jesus (Jo 1:29, 36-37). Então, esses dois foram a Simão e lhe contaram que haviam achado o Messias (que quer dizer Cristo) e o levaram até Jesus. Depois disso, o Senhor foi até o mar da Galileia e chamou esses quatro para segui-Lo.
Mateus, por sua vez, era um publicano coletor de impostos, e também foi chamado pelo Senhor. Sua relação administrativa com o império romano e os ensinamentos do Senhor com respeito ao reino levou-o a escrever seu evangelho com ênfase no estabelecimento do reino dos céus.
Os demais discípulos do Senhor também tiveram sua importância, porém a Bíblia destaca especialmente esses cinco. Graças a Deus por ter escolhido pessoas tão simples às quais confiou o ministério de invocar o nome do Senhor, por meio do qual muitos foram salvos.
 
Ponto chave: Somente pela fé no nome do Senhor o homem pode ser salvo.
Pergunta: Por que os sinais exteriores não bastam para salvar?
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Semana 7 – Terça-feira
 
Leitura bíblica: Cl 4:10; Fm 24; 1 Pe 5:12-13
Ler com oração:
Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé, a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1:11).
 
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Cooperadores do ministério neotestamentário
 
 
Além dos doze apóstolos, muitos outros foram chamados pelo Espírito para a obra do ministério. João, apelidado Marcos (At 12:25), acompanhou Paulo e Barnabé no início da primeira viagem missionária. Todavia, por causa das adversidades da viagem, Marcos acabou voltando para Jerusalém, não acompanhando Paulo e Barnabé no restante da viagem (13:13).
Paulo se recusou a levar Marcos na segunda viagem, o que provocou uma grande discussão entre ele e Barnabé, a ponto de se separarem (15:36-39). Barnabé, entretanto, não desistiu de Marcos e o levou para Chipre. Certamente, em meio a essas situações, o jovem Marcos aprendeu lições, sendo aperfeiçoado por Barnabé. Finalmente, quando estava maduro, Marcos foi útil ao Senhor, pois cooperou com Paulo, quando este estava preso (Cl 4:10; Fm 24), e com Pedro, quando este estava na Babilônia (1 Pe 5:13). Há fortes indicações de que Marcos escreveu seu evangelho baseado nos relatos de Pedro.
Silas, também chamado Silvano, foi muito útil ao Senhor, servindo ao lado de Paulo na segunda viagem. Ele era um dos líderes da igreja em Jerusalém que, juntamente com Judas, acompanharam Paulo até Antioquia após a resolução da conferência em Jerusalém (At 15:22). Terminada sua missão, Silas não quis mais voltar para Jerusalém, pois escolhera permanecer ali e cooperar com Paulo em seu ministério. Então, eles viajaram juntos pelas regiões da Macedônia, Acaia e Ásia, pregando o evangelho e estabelecendo igrejas nas cidades por onde passavam. Ao final da segunda viagem, quando Paulo decidiu passar por Jerusalém, Silas não o acompanhou. Ao realizar sua terceira viagem, Silas tampouco é mencionado. Mais tarde, ele aparece também cooperarando com Pedro, quando esteve na Babilônia (1 Pe 5:12).
Outro importante cooperador de Paulo foi Lucas, que era médico (Cl 4:14). Ele foi responsável por registrar todos os fatos descritos no livro dos Atos dos Apóstolos e escreveu seu evangelho com base em suas pesquisas (At 1:1-3; Lc 1:1-4).
Graças a Deus por Sua grande misericórdia e infinita graça. Do mesmo modo como, no passado, chamou essas pessoas, ainda hoje Ele nos chama, independente de qual seja nossa história, instrução, função ou origem. Não importa nossa condição, Ele é poderoso para nos capacitar e equipar para realizar Sua obra de edificação. Por isso não podemos desistir de ninguém, tampouco de nós mesmos. Se perseverarmos seguindo o Senhor, independente de nossos erros ou dificuldades, seremos úteis a Ele hoje e, no porvir, seremos aprovados por Ele em Seu reino.
 
Ponto chave: Perseverar em seguir o Senhor, independente de nossos erros ou dificuldades.
Pergunta: Que lições aprendemos com a experiência de Marcos, Silas e Lucas?
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Semana 7 – Quarta-feira
 
Leitura bíblica: Mt 25:10-12, 30; 1 Pe 4:17
Ler com oração:
Manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão (1 Co 3:13-14).
 
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Ser purificado pelo fogo no tempo atual
 
No início da história da igreja, Pedro era o principal apóstolo, e exercia certa liderança entre os irmãos em Jerusalém. Nos registros bíblicos, vemos que, em diversos momentos, ele foi exposto em suas falhas. Vários desses episódios estão descritos no evangelho de Mateus, onde frequentemente Pedro é repreendido pelo Senhor. Apesar de reconhecer seus erros, a vida da alma de Pedro era forte e, por isso, continuamente era exposta.
Essa característica de Pedro ilustra quão difícil é lidarmos com nossa vida da alma, pois, mesmo depois que sofremos por nossas falhas e nos arrependemos, mais tarde, tornamos a errar. Graças ao Senhor, mesmo uma pessoa como Pedro foi transformada pela vida divina, e sua história de vida nos traz muita ajuda.
Como vimos ontem, Marcos e Silas tornaram-se cooperadores de Pedro, quando ele estava na Babilônia (1 Pe 5:12-13). Nesse tempo, Pedro escreveu suas epístolas, nas quais ele discorre acerca da purificação de nossa alma pelo fogo santificador do Espírito. Em Mateus 3:11, é revelado que o Senhor nos batizou com Espírito Santo e com fogo. Aplicando essas palavras à nossa experiência, Pedro escreveu: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.” (1 Pe 4:12-13). Ele mesmo havia passado por essas experiências, e, cada vez que sua vida da alma foi exposta, ele aprendeu a permitir que o fogo do Espírito purificasse o seu interior.
Ao escrever essas palavras, Pedro não considerava somente a sua experiência. Ao seu lado estavam Marcos e Silas, que também haviam passado por sofrimentos por amor ao Senhor, e foram aperfeiçoados quanto ao negar a vida da alma. Eles aprenderam que os sofrimentos físicos não bastam para transformar nossa alma. O que nos traz a verdadeira transformação na alma é permitir que o fogo do Espírito queime as suas impurezas.
Em sua epístola, Pedro também nos revela que, no grande Dia do Juízo, no tribunal de Cristo, o julgamento começará pela casa de Deus (1 Pe 4:17). Ali será decidido pelo Senhor se estaremos aptos para desfrutar da glória de Seu reino, ou se seremos disciplinados (1 Co 3:14-15). Aqueles que não tiverem sido aperfeiçoados em vida, não permitindo que o fogo do Espírito os purifique, serão reprovados pelo Senhor e deixados do lado de fora do gozo do reino milenar, nas trevas exteriores (Mt 25:10-12, 30).
Por esse motivo, quando nossa vida da alma for exposta, voltemo-nos ao Espírito, invocando o nome do Senhor. Que possamos nos arrepender e esvaziar de nós mesmos dia a dia, permitindo que o fogo purificador do Espírito nos limpe de todas as impurezas de nossa alma!
 
Ponto chave: Voltar ao espírito para ser purificado pelo fogo santo.
Pergunta: Por que somente os sofrimentos físicos não bastam para nos transformar?
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Semana 7 – Quinta-feira
 
Leitura bíblica: Jo 13:23;14:26; Ap 1:11
Ler com oração:
Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia (Ap 1:9-11).
 
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O início do ministério do apóstolo João
 
Assim como Pedro, João também foi transformado em sua alma por meio dos sofrimentos (Ap 1:9). Sabemos que, no início da vida da igreja em Jerusalém, João estava constantemente ao lado de Pedro. Apesar de ser um dos doze apóstolos, João não ministrava entre os irmãos, e não se destacava dos demais. Podemos inferir que João talvez não quisesse exercer liderança, tampouco buscar posições elevadas. No livro de Atos, ele é mencionado poucas vezes, mas, por acompanhar Pedro em suas jornadas, João, certamente, aprendeu muitas lições.
Em seu evangelho, ao descrever sua afinidade com o Senhor, afirmou várias vezes ser o discípulo a quem Jesus amava (Jo 13:23; 19:26; 20:2; 21:7). Com o passar do tempo, o amor de Cristo foi de fato trabalhado em João, e, em sua maturidade, ele se tornou amável, como o próprio Senhor Jesus.
Ele foi escolhido para ser o último ministro do Novo Testamento, recebendo o ministério que permanecerá até a volta do Senhor. Ao ser chamado pelo Senhor, João remendava redes de pesca. Essa habilidade retrata uma característica de seu ministério ulterior. A história da igreja nos mostra que ao sair de Patmos, João foi para Éfeso a fim de restaurar, “remendar” a situação da igreja naquela cidade. Ali, no espírito e pela vida divina, ele “remendou” ou corrigiu o que havia sido danificado pela religião, pelo conhecimento doutrinário e pela tradição humana.
No tempo certo, o Senhor, soberanamente, usa em ressurreição as características de Seus servos em prol de Sua obra. Ele usou a ousadia e a intrepidez de Pedro para iniciar a pregação do evangelho. Ao mesmo tempo, João foi trabalhado por Deus. Essa transformação gerou nele um caráter manso, amoroso e paciente que, em sua maturidade, tornou-se muito útil na restauração das igrejas. Louvamos o Senhor por ter escolhido uma pessoa tão amorosa como João para transmitir Suas advertências e repreensões.
Mesmo estando avançado em dias, João foi encarregado por Deus de enviar Suas palavras às igrejas da Ásia (Ap 1:11). Porque era simples e cheio do amor de Deus, ele estava apto para cuidar dos irmãos e ajudá-los a retornar ao primeiro amor. Cremos que, ao chegarem Éfeso, ele não fez acusações ou julgamentos sobre os irmãos, mas os ajudou a arrepender-se, a voltar-se ao espírito e a praticar a Palavra. Dessa maneira, a igreja em Éfeso foi restaurada a uma condição desejável.
 
Ponto chave: No tempo certo, o Senhor usa as características de Seus servos em Sua obra.
Pergunta: De que maneira habilidade de remendar redes de João foi usada por Deus?
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Semana 7 – Sexta-feira
 
Leitura bíblica: Jo 5:39-40; 2 Co 3:6; 1 Tm 1:3-7; 2 Tm 1:15; Ap 2:4; 3:10
Ler com oração:
Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João, o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu (Ap 1:1-2).
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Revelações e advertências notificadas a João (1)
 
A primeira igreja em Apocalipse a ser advertida por Deus foi Éfeso, que significa desejável (Ap 2:1). Contudo, ainda nos tempos de Paulo, a igreja em Éfeso começou a degradar-se, pois os santos apenas analisavam e estudavam as Escrituras, porém não se voltavam ao Espírito para receber vida e praticar a Palavra (Jo 5:39-40; 2 Co 3:6). Com o tempo, envolveram-se com doutrinas, fábulas, genealogias e discussões que não promoviam a fé (1 Tm 1:3-4), e, por fim, abandonaram o primeiro amor (Ap 2:4).
As igrejas da Ásia foram geradas por Paulo, porém o abandonaram no final de sua carreira (2 Tm 1:15). Muitos anos depois, quando João recebeu as revelações de Apocalipse, as igrejas da Ásia não estavam em boa situação, com exceção de Esmirna e Filadélfia.
        A igreja em Esmirna sofria perseguições, e muitos cristãos foram martirizados. A palavra Esmirna vem de mirra, que era uma planta usada para embalsamar os mortos, lembrandonos o sofrimento da morte. Essa igreja representa o período da história em que os cristãos foram perseguidos pelo império romano, do segundo ao quarto século. Entretanto, mesmo diante das perseguições, os irmãos continuavam invocando o nome do Senhor, dando testemunho da fé. Por estarem cheios de vida, mesmo diante da morte mantinham-se fiéis ao Senhor (Ap 2:8-11). Somente Esmirna e Filadélfia têm a promessa de receber a coroa da vida, isto é, a promessa de reinar com o Senhor, mas, para isso, precisam ser fiéis até o fim e conservar o que têm (3:11).
As demais igrejas descritas em Apocalipse representam as condições pelas quais a igreja passou ao longo da história. A igreja em Pérgamo, cujo nome significa torre alta ou casamento, representa os cristãos no início do século IV, quando a política se misturou com a igreja, durante o governo do imperador Constantino. Depois do martírio de Antipas (Ap 2:14), um fiel servo do Senhor, foram introduzidas na igreja em Pérgamo as doutrinas de Balaão e dos nicolaítas: a corrupção e a hierarquia. Os cristãos passaram a ambicionar posições elevadas na sociedade e na igreja, trazendo para esta a influência do governo humano e o trono de Satanás (v. 13). A partir de então, os cristãos deixaram de invocar o nome do Senhor e guardar Sua palavra.
Em seguida, vemos a igreja em Tiatira, que representa os cristãos a partir do final do século IV. Por conveniência, muitos se declararam cristãos, mesmo não tendo crido no Senhor. Nesse período, o poder eclesiástico superou o poder político, a ponto de influenciar as decisões dos reis. Foi nesse tempo que os cristãos deixaram de se submeter à direção do Espírito, ao encabeçamento de Cristo, recebendo os falsos ensinamentos e doutrinas de Jezabel, que induzia as pessoas a cometer prostituição e também idolatria (Ap 2:20). Essa foi uma época de trevas para a igreja, que perdeu totalmente a revelação neotestamentária.
Que o Senhor nos mantenha fiéis ao Seu nome e à Sua palavra, e nos guarde de toda mistura mundana que Satanás quer introduzir na igreja. Amanhã veremos mais sobre a revelação da história da igreja descrita por João em Apocalipse.
 
Ponto chave: Ser fiéis ao Senhor invocando Seu nome e guardando Sua palavra.
Pergunta: Que características positivas são encontradas nas igrejas em Esmirna e Filadélfia?
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Semana 7 – Sábado
 
Leitura bíblica: Mt 13:45-46; Ap 3:1-3; 3:8
Ler com oração:
Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap 3:10-11).
 
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Revelações e advertências notificadas a João (2)
 
 
Como vimos, as revelações divinas foram esquecidas pelos cristãos, e o acesso às Escrituras ficou restrito às autoridades eclesiásticas. Somente cerca de mil anos depois, no século XVI, após perceber que muitos ensinamentos da igreja estavam relacionados à tradição humana e não à Palavra de Deus, Martinho Lutero publicou noventa e cinco teses, nas quais refutava muitas práticas e ensinamentos oriundos de Roma. Uma das verdades bíblicas que foi restaurada por ele é a da justificação pela fé em Cristo e não por obras feitas pelos homens.
Além disso, Lutero também traduziu a Bíblia, e, logo depois, com a invenção da imprensa, mais pessoas, além do clero, tiveram acesso à Palavra de Deus. Esse período é representado pela igreja em Sardes que significa restauração. Embora essa igreja tenha recebido a revelação das verdades, não demorou muito para perderem o mais importante, o que é essencial: a realidade que vem pela vida divina. Por isso o Senhor a advertiu, dizendo: “Tens nome de que vives e estás morto” e “não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus” (Ap 3:1-2). Por causa de estudos e análises dos textos bíblicos, surgiram várias interpretações e novas doutrinas, que produziam discussões, em vez de promover a economia de Deus na fé (1 Tm 1:4). Isso é a característica de quem vive segundo a vida da alma, e não segundo o Espírito.
Como resultado, ao longo dos séculos, os cristãos têm-se dividido. Igrejas estatais e diversas denominações surgiram e logo, gradualmente, a prática da revelação da Palavra de Deus foi novamente abandonada. Alguns passaram a exercer seus ministérios particulares, dando mais ênfase ao que consideravam ser doutrinas fundamentais, e outros a valorizar mais as manifestações exteriores do Espírito.
Graças ao Senhor, o Espírito reagiu, e, por meio da revelação dada à igreja em Filadélfia, vemos que o Senhor valoriza muito o Seu nome e a prática de Sua palavra: “Guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome” (Ap 3:8). O significado de Filadélfia é amor fraternal. Por tomarem a Palavra no espírito, eles não perderam tempo discutindo ou analisando as verdades; eles as praticaram. Assim a vida de Deus neles cresceu e se manifestou na forma de amor entre os irmãos. Isso fez deles uma pérola de grande valor, como descrito em Mateus 13:45-46. Como a igreja em Esmirna, os que seguem o caminho de Filadélfia também têm a promessa do galardão: “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3:11).
Para a igreja em Laodiceia, porém, o Senhor vem mostrar a necessidade de se humilhar, pois ela se considera abastada, isto é, acha que não precisa da ajuda de ninguém, não vendo assim, sua própria condição (vs. 17-18). Enquanto Esmirna era pobre, mas foi considerada rica pelo Senhor, Laodicéia se considerava rica, mas o Senhor expôs sua pobreza, cegueira e nudez. Por ser morna, a ponto de ser vomitada de Sua boca, Ele a chama ao arrependimento (v. 19). Essa é a misericórdia de Deus!
Que possamos deixar as complicações da mente caída e todo orgulho a fim de andar no caminho que agrada a Deus e traz o Seu reino: praticar a Palavra e invocar o nome do Senhor!
 
Ponto chave: Voltar-se ao espírito para praticar a Palavra de Deus.
Pergunta: Por que o Senhor afirma que Sardes tem nome de que vive, mas está morto?
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Semana 7 – Domingo
 
Leitura bíblica: 1 Jo 1:9; Ap 3:14-22
Ler com oração:
O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele (1 Co 8:1b-3).
 
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Lições para quem deseja ser um vencedor
 
Nesta semana, vimos que o Senhor chamou doze apóstolos e muitos discípulos para cooperarem com Ele em Sua obra. A estes que chamou Ele trabalhou por meio de várias circunstâncias e os fez úteis em Suas mãos. Hoje, o Senhor continua fazendo o mesmo.
Nesta semana, vimos que o Senhor chamou doze apóstolos e muitos discípulos para cooperarem com Ele em Sua obra. A estes que chamou Ele trabalhou por meio de várias circunstâncias e os fez úteis em Suas mãos. Hoje, o Senhor continua fazendo o mesmo. Embora não sejamos adequados, à medida que nos arrependemos e negamos a nós mesmos, somos transformados; à medida que nos esvaziamos do que somos, permitimos que Ele nos encha com Sua vida e amor. Assim, após passar por morte e ressurreição, nossas características podem ser utilizadas por Deus para abençoar e ajudar as pessoas a fazer a Sua vontade.
Também vimos que todas as cartas escritas às igrejas em Apocalipse trazem-nos lições e advertências para que nos tornemos vencedores (2:5, 7, 14-17, 20-22, 29; 3:1-3, 5, 15-19), isto é, tenhamos o padrão de viver daqueles que irão reinar com Cristo. Isso não significa que não iremos errar, mas que aprendemos a nos arrepender quando somos expostos em nossa vida da alma. Além disso, também precisamos aprender a dar ouvidos ao que o Espírito diz às igrejas e, ao ver o erro dos outros, em vez de julgá-los, aplicar o “fogo do Espírito” em nossa vida para queimar as impurezas da alma.
Desta maneira, jamais iremos nos orgulhar, mas buscaremos o que realmente agrada o Senhor: praticar Sua palavra e andar no espírito, invocando o Seu nome (3 Jo 4; Rm 10:13; 1 Co 12:3; Gl 5:16, 25). Que possamos aprender com o apóstolo João, que seguiu de perto o Senhor Jesus e aprendeu as lições de vida com os que O seguiam. Por fim, quando atingiu a maturidade, João pôde ser tremendamente usado por Deus. Seu ministério de Espírito e vida irá perdurar até a volta do Senhor. Aleluia!
 
Ponto chave: Ser trabalhado pelo espírito para ser útil a Deus.
Pergunta: Que lições você aprendeu nesta semana?

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