Semana 7 – Segunda-feira
Leitura bíblica: Jo 1:12; 6:36; 20:31; At 3:16; 4:12; 10:43; Rm 10:9-13
Ler com oração:
Na
verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não
estão
escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que
creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome (Jo
20:30-31).
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O início do ministério de invocar o nome do Senhor
Em
Atos 2, o Senhor derramou o Seu Espírito sobre homens iletrados e
incultos e os
capacitou a pregar o evangelho com ousadia e intrepidez. Eles
ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em línguas que
desconheciam. Isso impulsionou aqueles galileus a iniciar a obra
de Deus no meio do povo judeu (v. 7).
Naquele
dia, levantou-se Pedro, com os onze apóstolos, e, erguendo a voz,
advertiu
a multidão que aquele acontecimento se tratava do cumprimento das
palavras proferidas pelo profeta Joel, em cuja profecia se menciona que,
nos últimos dias, o Senhor derramaria o Seu Espírito
sobre toda a carne e todos aqueles sinais e prodígios iriam
acontecer. No final, contudo, Joel acrescenta: “E acontecerá que todo
aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (vs. 14-21). Isso
mostra que a salvação não está diretamente relacionada com milagres,
mas com o fato de invocar o nome do Senhor.
Os
sinais e milagres não são suficientes para salvar uma pessoa, pois são
exteriores. Mas, ao invocar o nome do Senhor, o homem é salvo
interiormente, em seu espírito, sendo regenerado pela vida divina. Por
isso, não enfatizamos a busca por sinais e milagres
espirituais, pois o desejo de Deus é que o homem seja salvo pela fé
em Seu nome (Jo 1:12; 20:31; Rm 10:9-13; At 3:16; 4:12; 10:43).
Por
exemplo, à medida que o Senhor Jesus pregava o evangelho, Ele realizava
muitos
milagres diante dos seus discípulos e das multidões, que passavam a
segui-Lo. No caso da multiplicação dos pães, na qual mais de cinco mil
pessoas foram alimentadas, vemos que, embora ficassem
maravilhadas com os sinais, aquelas pessoas ainda não criam Nele (Jo
6:36). À vista de tanta incredulidade, e de muitos abandonarem o
Senhor, os doze discípulos O seguiam por crerem em Sua
palavra e em Seu nome. Em João 6:68-69, Pedro até afirmou: “Senhor,
para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e
conhecido que tu és o Santo de
Deus”.
Dentre
os doze discípulos do Senhor, quatro foram mencionados de maneira
especial:
Pedro, André, João e Tiago, que eram pescadores. André e outro
discípulo eram discípulos de João Batista, mas, quando o ouviram dizer
que Jesus era o “Cordeiro de Deus”, seguiram Jesus (Jo 1:29,
36-37). Então, esses dois foram a Simão e lhe contaram que haviam
achado o Messias (que quer dizer Cristo) e o levaram até Jesus. Depois
disso, o Senhor foi até o mar da Galileia e chamou esses
quatro para segui-Lo.
Mateus,
por sua vez, era um publicano coletor de impostos, e também foi chamado
pelo Senhor. Sua relação administrativa com o império romano e os
ensinamentos do Senhor com respeito ao reino levou-o a escrever seu
evangelho com ênfase no estabelecimento do reino dos
céus.
Os
demais discípulos do Senhor também tiveram sua importância, porém a
Bíblia
destaca especialmente esses cinco. Graças a Deus por ter escolhido
pessoas tão simples às quais confiou o ministério de invocar o nome do
Senhor, por meio do qual muitos foram
salvos.
Ponto chave: Somente pela fé no nome do Senhor o homem pode ser
salvo.
Pergunta: Por que os sinais exteriores não bastam para
salvar?
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Semana 7 – Terça-feira
Leitura bíblica: Cl 4:10; Fm 24; 1 Pe 5:12-13
Ler com oração:
Por
isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos
torne
dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e
obra de fé, a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado
em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do
Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1:11).
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Cooperadores do ministério neotestamentário
Além
dos doze apóstolos, muitos outros foram chamados pelo Espírito para a
obra do
ministério. João, apelidado Marcos (At 12:25), acompanhou Paulo e
Barnabé no início da primeira viagem missionária. Todavia, por causa das
adversidades da viagem, Marcos acabou voltando para
Jerusalém, não acompanhando Paulo e Barnabé no restante da viagem
(13:13).
Paulo
se recusou a levar Marcos na segunda viagem, o que provocou uma grande
discussão entre ele e Barnabé, a ponto de se separarem (15:36-39).
Barnabé, entretanto, não desistiu de Marcos e o levou para Chipre.
Certamente, em meio a essas situações, o jovem Marcos
aprendeu lições, sendo aperfeiçoado por Barnabé. Finalmente, quando
estava maduro, Marcos foi útil ao Senhor, pois cooperou com Paulo,
quando este estava preso (Cl 4:10; Fm 24), e com Pedro,
quando este estava na Babilônia (1 Pe 5:13). Há fortes indicações de
que Marcos escreveu seu evangelho baseado nos relatos de Pedro.
Silas,
também chamado Silvano, foi muito útil ao Senhor, servindo ao lado de
Paulo
na segunda viagem. Ele era um dos líderes da igreja em Jerusalém
que, juntamente com Judas, acompanharam Paulo até Antioquia após a
resolução da conferência em Jerusalém (At 15:22). Terminada sua
missão, Silas não quis mais voltar para Jerusalém, pois escolhera
permanecer ali e cooperar com Paulo em seu ministério. Então, eles
viajaram juntos pelas regiões da Macedônia, Acaia e Ásia,
pregando o evangelho e estabelecendo igrejas nas cidades por onde
passavam. Ao final da segunda viagem, quando Paulo decidiu passar por
Jerusalém, Silas não o acompanhou. Ao realizar sua terceira
viagem, Silas tampouco é mencionado. Mais tarde, ele aparece também
cooperarando com Pedro, quando esteve na Babilônia (1 Pe 5:12).
Outro
importante cooperador de Paulo foi Lucas, que era médico (Cl 4:14). Ele
foi
responsável por registrar todos os fatos descritos no livro dos Atos
dos Apóstolos e escreveu seu evangelho com base em suas pesquisas (At
1:1-3; Lc 1:1-4).
Graças
a Deus por Sua grande misericórdia e infinita graça. Do mesmo modo
como, no
passado, chamou essas pessoas, ainda hoje Ele nos chama,
independente de qual seja nossa história, instrução, função ou origem.
Não importa nossa condição, Ele é poderoso para nos capacitar e
equipar para realizar Sua obra de edificação. Por isso não podemos
desistir de ninguém, tampouco de nós mesmos. Se perseverarmos seguindo o
Senhor, independente de nossos erros ou dificuldades,
seremos úteis a Ele hoje e, no porvir, seremos aprovados por Ele em
Seu reino.
Ponto chave: Perseverar em seguir o Senhor, independente de nossos erros ou
dificuldades.
Pergunta: Que lições aprendemos com a experiência de Marcos, Silas e
Lucas?
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Semana 7 – Quarta-feira
Leitura bíblica: Mt 25:10-12, 30; 1 Pe 4:17
Ler com oração:
Manifesta
se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está
sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio
fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento
edificou, esse receberá galardão (1 Co
3:13-14).
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Ser purificado pelo fogo no tempo atual
No
início da história da igreja, Pedro era o principal apóstolo, e exercia
certa
liderança entre os irmãos em Jerusalém. Nos registros bíblicos,
vemos que, em diversos momentos, ele foi exposto em suas falhas. Vários
desses episódios estão descritos no evangelho de Mateus,
onde frequentemente Pedro é repreendido pelo Senhor. Apesar de
reconhecer seus erros, a vida da alma de Pedro era forte e, por isso,
continuamente era exposta.
Essa
característica de Pedro ilustra quão difícil é lidarmos com nossa vida
da
alma, pois, mesmo depois que sofremos por nossas falhas e nos
arrependemos, mais tarde, tornamos a errar. Graças ao Senhor, mesmo uma
pessoa como Pedro foi transformada pela vida divina, e sua
história de vida nos traz muita ajuda.
Como
vimos ontem, Marcos e Silas tornaram-se cooperadores de Pedro, quando
ele
estava na Babilônia (1 Pe 5:12-13). Nesse tempo, Pedro escreveu suas
epístolas, nas quais ele discorre acerca da purificação de nossa alma
pelo fogo santificador do Espírito. Em Mateus 3:11, é
revelado que o Senhor nos batizou com Espírito Santo e com fogo.
Aplicando essas palavras à nossa experiência, Pedro escreveu: “Amados,
não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós,
destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos
estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois
coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que
também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.” (1 Pe
4:12-13). Ele mesmo havia passado por essas experiências, e, cada vez
que sua vida da alma foi exposta, ele aprendeu a permitir
que o fogo do Espírito purificasse o seu interior.
Ao
escrever essas palavras, Pedro não considerava somente a sua
experiência. Ao
seu lado estavam Marcos e Silas, que também haviam passado por
sofrimentos por amor ao Senhor, e foram aperfeiçoados quanto ao negar a
vida da alma. Eles aprenderam que os sofrimentos físicos não
bastam para transformar nossa alma. O que nos traz a verdadeira
transformação na alma é permitir que o fogo do Espírito queime as suas
impurezas.
Em
sua epístola, Pedro também nos revela que, no grande Dia do Juízo, no
tribunal
de Cristo, o julgamento começará pela casa de Deus (1 Pe 4:17). Ali
será decidido pelo Senhor se estaremos aptos para desfrutar da glória de
Seu reino, ou se seremos disciplinados (1 Co 3:14-15).
Aqueles que não tiverem sido aperfeiçoados em vida, não permitindo
que o fogo do Espírito os purifique, serão reprovados pelo Senhor e
deixados do lado de fora do gozo do reino milenar, nas
trevas exteriores (Mt 25:10-12, 30).
Por
esse motivo, quando nossa vida da alma for exposta, voltemo-nos ao
Espírito,
invocando o nome do Senhor. Que possamos nos arrepender e esvaziar
de nós mesmos dia a dia, permitindo que o fogo purificador do Espírito
nos limpe de todas as impurezas de nossa
alma!
Ponto chave: Voltar ao espírito para ser purificado pelo fogo
santo.
Pergunta: Por que somente os sofrimentos físicos não bastam para nos
transformar?
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Semana 7 – Quinta-feira
Leitura bíblica: Jo 13:23;14:26; Ap 1:11
Ler com oração:
Eu,
João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na
perseverança, em
Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus
e do testemunho de Jesus. Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e
ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta,
dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso,
Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia (Ap 1:9-11).
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O início do ministério do apóstolo João
Assim
como Pedro, João também foi transformado em sua alma por meio dos
sofrimentos (Ap 1:9). Sabemos que, no início da vida da igreja em
Jerusalém, João estava constantemente ao lado de Pedro. Apesar de ser um
dos doze apóstolos, João não ministrava entre os irmãos,
e não se destacava dos demais. Podemos inferir que João talvez não
quisesse exercer liderança, tampouco buscar posições elevadas. No livro
de Atos, ele é mencionado poucas vezes, mas, por
acompanhar Pedro em suas jornadas, João, certamente, aprendeu muitas
lições.
Em
seu evangelho, ao descrever sua afinidade com o Senhor, afirmou várias
vezes
ser o discípulo a quem Jesus amava (Jo 13:23; 19:26; 20:2; 21:7).
Com o passar do tempo, o amor de Cristo foi de fato trabalhado em João,
e, em sua maturidade, ele se tornou amável, como o
próprio Senhor Jesus.
Ele
foi escolhido para ser o último ministro do Novo Testamento, recebendo o
ministério que permanecerá até a volta do Senhor. Ao ser chamado
pelo Senhor, João remendava redes de pesca. Essa habilidade retrata uma
característica de seu ministério ulterior. A história da
igreja nos mostra que ao sair de Patmos, João foi para Éfeso a fim
de restaurar, “remendar” a situação da igreja naquela cidade. Ali, no
espírito e pela vida divina, ele “remendou” ou corrigiu o
que havia sido danificado pela religião, pelo conhecimento
doutrinário e pela tradição humana.
No
tempo certo, o Senhor, soberanamente, usa em ressurreição as
características de
Seus servos em prol de Sua obra. Ele usou a ousadia e a intrepidez
de Pedro para iniciar a pregação do evangelho. Ao mesmo tempo, João foi
trabalhado por Deus. Essa transformação gerou nele um
caráter manso, amoroso e paciente que, em sua maturidade, tornou-se
muito útil na restauração das igrejas. Louvamos o Senhor por ter
escolhido uma pessoa tão amorosa como João para transmitir
Suas advertências e repreensões.
Mesmo
estando avançado em dias, João foi encarregado por Deus de enviar Suas
palavras às igrejas da Ásia (Ap 1:11). Porque era simples e cheio do
amor de Deus, ele estava apto para cuidar dos irmãos e ajudá-los a
retornar ao primeiro amor. Cremos que, ao chegarem Éfeso,
ele não fez acusações ou julgamentos sobre os irmãos, mas os ajudou a
arrepender-se, a voltar-se ao espírito e a praticar a Palavra. Dessa
maneira, a igreja em Éfeso foi restaurada a uma condição
desejável.
Ponto chave: No tempo certo, o Senhor usa as características de Seus servos em Sua
obra.
Pergunta: De que maneira habilidade de remendar redes de João foi usada por
Deus?
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Semana 7 – Sexta-feira
Leitura bíblica: Jo 5:39-40; 2 Co 3:6; 1 Tm 1:3-7; 2 Tm 1:15; Ap 2:4; 3:10
Ler com oração:
Revelação
de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as
coisas
que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do
seu anjo, notificou ao seu servo João, o qual atestou a palavra de Deus e
o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu
(Ap 1:1-2).
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Revelações e advertências notificadas a João (1)
A
primeira igreja em Apocalipse a ser advertida por Deus foi Éfeso, que
significa
desejável (Ap 2:1). Contudo, ainda nos tempos de Paulo, a igreja em
Éfeso começou a degradar-se, pois os santos apenas analisavam e
estudavam as Escrituras, porém não se voltavam ao Espírito para
receber vida e praticar a Palavra (Jo 5:39-40; 2 Co 3:6). Com o
tempo, envolveram-se com doutrinas, fábulas, genealogias e discussões
que não promoviam a fé (1 Tm 1:3-4), e, por fim, abandonaram
o primeiro amor (Ap 2:4).
As
igrejas da Ásia foram geradas por Paulo, porém o abandonaram no final
de sua
carreira (2 Tm 1:15). Muitos anos depois, quando João recebeu as
revelações de Apocalipse, as igrejas da Ásia não estavam em boa
situação, com exceção de Esmirna e
Filadélfia.
A igreja em Esmirna sofria
perseguições, e muitos cristãos foram martirizados. A palavra
Esmirna vem de mirra, que era uma planta usada para embalsamar os
mortos, lembrandonos o sofrimento da morte. Essa igreja representa
o período da história em que os cristãos foram perseguidos pelo
império romano, do segundo ao quarto século. Entretanto, mesmo diante
das perseguições, os irmãos continuavam invocando o nome do
Senhor, dando testemunho da fé. Por estarem cheios de vida, mesmo
diante da morte mantinham-se fiéis ao Senhor (Ap 2:8-11). Somente
Esmirna e Filadélfia têm a promessa de receber a coroa da vida,
isto é, a promessa de reinar com o Senhor, mas, para isso, precisam
ser fiéis até o fim e conservar o que têm (3:11).
As
demais igrejas descritas em Apocalipse representam as condições pelas
quais a
igreja passou ao longo da história. A igreja em Pérgamo, cujo nome
significa torre alta ou casamento, representa os cristãos no início do
século IV, quando a política se misturou com a igreja,
durante o governo do imperador Constantino. Depois do martírio de
Antipas (Ap 2:14), um fiel servo do Senhor, foram introduzidas na igreja
em Pérgamo as doutrinas de Balaão e dos nicolaítas: a
corrupção e a hierarquia. Os cristãos passaram a ambicionar posições
elevadas na sociedade e na igreja, trazendo para esta a influência do
governo humano e o trono de Satanás (v. 13). A partir de
então, os cristãos deixaram de invocar o nome do Senhor e guardar
Sua palavra.
Em
seguida, vemos a igreja em Tiatira, que representa os cristãos a partir
do
final do século IV. Por conveniência, muitos se declararam cristãos,
mesmo não tendo crido no Senhor. Nesse período, o poder eclesiástico
superou o poder político, a ponto de influenciar as
decisões dos reis. Foi nesse tempo que os cristãos deixaram de se
submeter à direção do Espírito, ao encabeçamento de Cristo, recebendo os
falsos ensinamentos e doutrinas de Jezabel, que induzia
as pessoas a cometer prostituição e também idolatria (Ap 2:20). Essa
foi uma época de trevas para a igreja, que perdeu totalmente a
revelação neotestamentária.
Que
o Senhor nos mantenha fiéis ao Seu nome e à Sua palavra, e nos guarde
de toda
mistura mundana que Satanás quer introduzir na igreja. Amanhã
veremos mais sobre a revelação da história da igreja descrita por João
em Apocalipse.
Ponto chave: Ser fiéis ao Senhor invocando Seu nome e guardando Sua
palavra.
Pergunta: Que características positivas são encontradas nas igrejas em Esmirna e
Filadélfia?
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Semana 7 – Sábado
Leitura bíblica: Mt 13:45-46; Ap 3:1-3; 3:8
Ler com oração:
Porque
guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da
hora
da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar
os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens,
para que ninguém tome a tua coroa (Ap
3:10-11).
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Revelações e advertências notificadas a João (2)
Como
vimos, as revelações divinas foram esquecidas pelos cristãos, e o
acesso às
Escrituras ficou restrito às autoridades eclesiásticas. Somente
cerca de mil anos depois, no século XVI, após perceber que muitos
ensinamentos da igreja estavam relacionados à tradição humana e
não à Palavra de Deus, Martinho Lutero publicou noventa e cinco
teses, nas quais refutava muitas práticas e ensinamentos oriundos de
Roma. Uma das verdades bíblicas que foi restaurada por ele é a
da justificação pela fé em Cristo e não por obras feitas pelos
homens.
Além
disso, Lutero também traduziu a Bíblia, e, logo depois, com a invenção
da
imprensa, mais pessoas, além do clero, tiveram acesso à Palavra de
Deus. Esse período é representado pela igreja em Sardes que significa
restauração. Embora essa igreja tenha recebido a revelação
das verdades, não demorou muito para perderem o mais importante, o
que é essencial: a realidade que vem pela vida divina. Por isso o Senhor
a advertiu, dizendo: “Tens nome de que vives e estás
morto” e “não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu
Deus” (Ap 3:1-2). Por causa de estudos e análises dos textos bíblicos,
surgiram várias interpretações e novas doutrinas, que
produziam discussões, em vez de promover a economia de Deus na fé (1
Tm 1:4). Isso é a característica de quem vive segundo a vida da alma, e
não segundo o Espírito.
Como
resultado, ao longo dos séculos, os cristãos têm-se dividido. Igrejas
estatais e diversas denominações surgiram e logo, gradualmente, a
prática da revelação da Palavra de Deus foi novamente abandonada. Alguns
passaram a exercer seus ministérios particulares, dando
mais ênfase ao que consideravam ser doutrinas fundamentais, e outros
a valorizar mais as manifestações exteriores do Espírito.
Graças
ao Senhor, o Espírito reagiu, e, por meio da revelação dada à igreja em
Filadélfia, vemos que o Senhor valoriza muito o Seu nome e a prática
de Sua palavra: “Guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome”
(Ap 3:8). O significado de Filadélfia é amor fraternal.
Por tomarem a Palavra no espírito, eles não perderam tempo
discutindo ou analisando as verdades; eles as praticaram. Assim a vida
de Deus neles cresceu e se manifestou na forma de amor entre os
irmãos. Isso fez deles uma pérola de grande valor, como descrito em
Mateus 13:45-46. Como a igreja em Esmirna, os que seguem o caminho de
Filadélfia também têm a promessa do galardão: “Venho sem
demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap
3:11).
Para
a igreja em Laodiceia, porém, o Senhor vem mostrar a necessidade de se
humilhar, pois ela se considera abastada, isto é, acha que não
precisa da ajuda de ninguém, não vendo assim, sua própria condição (vs.
17-18). Enquanto Esmirna era pobre, mas foi considerada rica
pelo Senhor, Laodicéia se considerava rica, mas o Senhor expôs sua
pobreza, cegueira e nudez. Por ser morna, a ponto de ser vomitada de Sua
boca, Ele a chama ao arrependimento (v. 19). Essa é a
misericórdia de Deus!
Que possamos deixar as complicações da mente caída e todo orgulho a fim de andar
no caminho que agrada a Deus e traz o Seu reino: praticar a Palavra e invocar o nome do Senhor!
Ponto chave: Voltar-se ao espírito para praticar a Palavra de
Deus.
Pergunta: Por que o Senhor afirma que Sardes tem nome de que vive, mas está
morto?
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Semana 7 – Domingo
Leitura bíblica: 1 Jo 1:9; Ap 3:14-22
Ler com oração:
O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com
efeito, não aprendeu ainda como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele (1 Co 8:1b-3).
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Lições para quem deseja ser um vencedor
Nesta
semana, vimos que o Senhor chamou doze apóstolos e muitos discípulos
para
cooperarem com Ele em Sua obra. A estes que chamou Ele trabalhou por
meio de várias circunstâncias e os fez úteis em Suas mãos. Hoje, o
Senhor continua fazendo o
mesmo.
Nesta
semana, vimos que o Senhor chamou doze apóstolos e muitos discípulos
para
cooperarem com Ele em Sua obra. A estes que chamou Ele trabalhou por
meio de várias circunstâncias e os fez úteis em Suas mãos. Hoje, o
Senhor continua fazendo o mesmo. Embora não sejamos
adequados, à medida que nos arrependemos e negamos a nós mesmos,
somos transformados; à medida que nos esvaziamos do que somos,
permitimos que Ele nos encha com Sua vida e amor. Assim, após
passar por morte e ressurreição, nossas características podem ser
utilizadas por Deus para abençoar e ajudar as pessoas a fazer a Sua
vontade.
Também
vimos que todas as cartas escritas às igrejas em Apocalipse trazem-nos
lições e advertências para que nos tornemos vencedores (2:5, 7,
14-17, 20-22, 29; 3:1-3, 5, 15-19), isto é, tenhamos o padrão de viver
daqueles que irão reinar com Cristo. Isso não significa que
não iremos errar, mas que aprendemos a nos arrepender quando somos
expostos em nossa vida da alma. Além disso, também precisamos aprender a
dar ouvidos ao que o Espírito diz às igrejas e, ao ver
o erro dos outros, em vez de julgá-los, aplicar o “fogo do Espírito”
em nossa vida para queimar as impurezas da alma.
Desta
maneira, jamais iremos nos orgulhar, mas buscaremos o que realmente
agrada o
Senhor: praticar Sua palavra e andar no espírito, invocando o Seu
nome (3 Jo 4; Rm 10:13; 1 Co 12:3; Gl 5:16, 25). Que possamos aprender
com o apóstolo João, que seguiu de perto o Senhor Jesus e
aprendeu as lições de vida com os que O seguiam. Por fim, quando
atingiu a maturidade, João pôde ser tremendamente usado por Deus. Seu
ministério de Espírito e vida irá perdurar até a volta do
Senhor. Aleluia!
Ponto chave: Ser trabalhado pelo espírito para ser útil a
Deus.
Pergunta: Que lições você aprendeu nesta semana?
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