quarta-feira, 13 de março de 2013

Semana 6 - Segunda-feira
 
Leitura bíblica:
Mt 5:14-16; 6:19-24; Jo 12:31; 14:30; Ef 2:2
Ler com oração:
Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida (Fp 2:14-16a).
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Não abafar a luz com as necessidades do dia a dia
 
             Mateus 5:14-15 diz: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa”. Uma lâmpada acesa não deve estar debaixo do alqueire. No mundo antigo, o alqueire era um recipiente usado para medir cereais e representa as necessidades da vida no dia a dia e a preocupação com a subsistência. A luz que nós temos deve ser exibida para alumiar a todos, e não deve ser colocada debaixo do alqueire, isto é, não deve ser encoberta pelas preocupações com nosso sustento do dia a dia.
           Sempre incentivamos os irmãos a despender um tempo no CEAPE a fim de serem aperfeiçoados e se tornarem colportores. Damos graças ao Senhor porque, após esse aperfeiçoamento, alguns se consagram ao Senhor e são enviados para fazer Sua obra. É muito bom vermos irmãos se entregando completamente a Ele, dispostos a servi-Lo.
         Os demais irmãos que não conseguem dispor de todo o tempo para cooperar com o Senhor em Sua obra, muitas vezes se sentem acusados na consciência e limitados a servir apenas nas reuniões da igreja. Apesar de serem fiéis e participarem das reuniões, talvez se sintam excluídos quando se trata da propagação da obra do Senhor. Todos os que amam o Senhor de coração puro têm esse sentimento, porém o problema de alguns é que há um “alqueire” cobrindo sua luz. Que fazer?
       Graças ao Senhor, podemos ter comunhão com outros irmãos para que a chama de nosso espírito seja reavivada e consigamos reagir ao falar do Senhor, nos dispondo a cooperar com Ele na pregação do evangelho. Com um espírito fervoroso, fica mais fácil “queimar” a passividade e a acomodação naturais existentes em nossa vida da alma.
       Alguns, porém, acham que estão muito bem, dizendo: “Eu me reúno normalmente, oferto meu dízimo, e, quando a igreja precisa, faço uma oferta especial. Se há necessidades na obra, eu também oferto”. Isso é muito bom, mas não é suficiente. O Senhor quer avançar mais rápido, por isso precisamos dar um salto para fora dessa vala em que estamos.  Deus não está nada contente com a situação atual do mundo. Sabemos que os mais de duzentos países existentes na terra são governados pelo príncipe deste mundo, que é Satanás (Jo 12:31; 14:30; Ef 2:2). No mundo presente, não há paz; antes, há a instigação para os conflitos, provocando guerras que são travadas por motivos financeiros, raciais, culturais e religiosos.
         O Senhor conta conosco para mudar essa era. Por isso Ele está trabalhando em nós, que fomos regenerados pela vida divina. Seu desejo é que cresçamos em vida até atingir a maturidade a fim de trazer o Seu reino para a terra. Que a luz da vida que há em nós possa brilhar no meio dessa geração (Fp 2:15). Louvado seja o Senhor!
 
Ponto - chave: Não devemos deixar as preocupações com o sustento abafar o nosso brilho.
Pergunta: Como fica sua consciencia ao ver irmãos se consagrando totalmente ao Senhor?
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Semana 6 - Terça-feira
Leitura bíblica: 
Mt 16:12-19; Rm 16:5; 1 Co 16:19; Cl 4:15; Fm 2
Ler com oração:
Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra (Rm 7:6).
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A tradição nos impede de reagir ao falar do Senhor
 
           Quando invocamos o nome do Senhor, voltamos ao Espírito que está em nosso espírito. No espírito temos a vida de Deus, cuja expressão é o amor. Por isso, em nosso viver da igreja e serviço ao Senhor, tudo o que fazemos deve ser motivado pelo amor. O inimigo de Deus quer nos derrubar de todo jeito, pois o evangelho do reino é algo que Satanás odeia. Nós, porém, queremos seguir o mandamento do Senhor e ir em frente pregando o evangelho do reino em todo o mundo (Mt 24:14).
        Temos observado que alguns não conseguem ser despertados em seu espírito, pois estão apagados. Por que isso acontece? Por causa da tradição – gostam de ouvir mensagens nas conferências ou nas reuniões da igreja; gostam de ir ao templo, ao local de reuniões e permanecer ali. Pensam: “Puxa, que desfrute! que música! Para mim, é suficiente estar aqui”. O desfrute nas reuniões da igreja não pode nos acomodar a ponto de não sairmos para contatar pessoas e pregar o evangelho.
        Alguns filhos de Deus consideram que sua vida cristã está boa: “Eu estou bem na igreja; participo das reuniões com frequência e desfruto muito o Senhor e Sua Palavra”. Todavia há muito tempo que não exercem nenhuma função na igreja; ficam calados, sem qualquer participação, e não se envolvem com nenhum tipo de serviço. Por vezes, mesmo os irmãos que ministram a Palavra não praticam o que falam. Desse modo, a igreja cai na tradição.
       Certos irmãos e irmãs, quando veem os colportores e ceapistas envolvidos com a pregação do evangelho e o apascentamento dos recém-convertidos, talvez se justifiquem: “Não posso estar no campo e ser tão ativo como eles, mas também amo muito o Senhor. Ele conhece minha dificuldade: o meu trabalho toma todo o meu tempo”.
       Outros cristãos, ao ouvir uma mensagem, têm seu interior ardendo como fogo, mas não conseguem reagir. Que os impede? Estão atados pela tradição. Não é que o fogo neles não foi aceso. Eles até são iluminados pela palavra de Deus, o fogo de seu espírito é “abanado”, mas não conseguem praticar a palavra ouvida por causa da tradição. Assim, não têm forças para sair e pregar o evangelho do reino. Sua vida espiritual se limita a ouvir ou, quando muito, a falar belas mensagens nas reuniões da igreja.
       Hoje praticamente todas as igrejas se reúnem em templos ou locais de reunião específicos para esse fim. Isso se tornou um costume no meio dos filhos de Deus. No Novo Testamento, porém, vemos que, em suas cartas, Paulo saúda certos irmãos e a igreja que se reúne em suas casas (Rm 16:5; 1 Co 16:19; Cl 4:15; Fm 2). Isso mostra que a igreja pode se reunir também nas casas. Que o Senhor nos livre de estarmos presos às tradições e nos mantenha sempre em novidade de vida para viver a realidade da igreja!
  
Ponto - chave:  Libertados das tradições para servir em novidade de vida.
Pergunta: O que nos tem impedido de servir ao Senhor em novidade?
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Semana 6 - Quarta-feira
Leitura bíblica:
  2 Tm 3: 10; Fm 1
Ler com oração:
Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele (Lc 8:1).
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Equipes coordenadas para pregar o evangelho do reino
 
          O Senhor quer libertar-nos de nossa tradição para pregarmos o evangelho do reino. Todos nós esperamos, até oramos e pedimos que o Senhor volte logo, mas parece que Ele está demorando, tardando a Sua vinda. Na verdade, Ele não tarda; antes, está esperando por nós, esperando que preguemos o evangelho do reino em toda a terra (Mt 24:14).
        A maioria das igrejas tradicionalmente tem a ceia do Senhor no domingo pela manhã. Mas às vezes podemos dedicar a parte da manhã para pregar o evangelho a fim de dar a muitos irmãos a oportunidade de sair e praticar a palavra que temos ouvido. Essas saídas também podem ocorrer aos sábados. O importante é que o evangelho do reino alcance todas as casas. Para isso, alguns coordenadores devem mapear a cidade, formar equipes e designar ruas ou quarteirões para cada equipe que se responsabilizará por aquela área. Para os lugares que nos forem designados, vamos bater às portas de casa em casa. Se a pessoa não está em casa, deixamos um folheto de evangelização. Tudo isso deve ser marcado no mapa, para falicitar o acompanhamento do avanço da obra do Senhor em cada região. À medida que algumas casas se abrirem ao evangelho, podemos realizar as reuniões da igreja nelas.
        Se ficarmos presos apenas à maneira tradicional de reunirmos nos locais de reunião, tendemos a envelhecer espiritualmente. Mas, ao promover a pregação do evangelho nos finais de semana, mais chances teremos de sair e praticar a palavra do Senhor. Não importa se somos idosos, jovens, irmãos, irmãs, todos podemos participar. Se cada igreja fizer isso, pregaremos o evangelho do reino mais rapidamente em toda terra habitada, indo de casa em casa, bairro por bairro, cidade por cidade. Graças ao Senhor!
       Todos nós também precisamos encontrar um bom companheiro espiritual para, juntos, em unanimidade, avançar. Quando estamos no espírito, servimos juntos e não temos dificuldade de nos coordenar uns com os outros. O Senhor falou para Pedro que, quando ele era mais moço, infantil, ia para onde queria (Jo 21:18). Mas, quando fosse maduro, seria conduzido aos lugares por outro, ou seja, ele precisaria encontrar um bom cooperador, um bom companheiro.
       Hoje na igreja e na obra de expansão do reino do Senhor também devemos fazer isso. Precisamos encontrar irmãos que cooperem conosco, para que, em coordenação, comunhão e submissão mútua, o Espírito Santo tenha como nos usar em Sua obra. Assim, Deus nos abençoa e Sua vontade pode ser feita entre nós.
  
Ponto - chave:  Coordenação e cooperação.
Pergunta: Você está bem coordenado e cooperado com sua equipe?
 
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Semana 6 - Quinta-feira
Leitura bíblica: 
 Jo 21:18-19; 1 Pe 5:1-3
 Ler com oração:
Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor (2 Pe 1:1-2). 
 
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  O amadurecimento do apóstolo Pedro
 
       O Pedro que vemos nos evangelhos tinha uma vida da alma muito forte. Depois que o Senhor Jesus foi crucificado e ressuscitou, Seus discípulos acharam que Ele desaparecera pelo fato de não O verem mais. Pedro então falou: “Vou pescar. Disseram-lhe os outros: Também nós vamos contigo” (Jo 21:3).
       Eles deixaram a comissão que haviam recebido quando foram chamados pelo Senhor, e voltaram para a antiga profissão buscando garantir o sustento. Mesmo não tendo êxito na pescaria, o Senhor não os abandonou; antes, foi até eles. Depois de tê-los alimentado, aproveitou a ocasião para ensinar-lhes algumas lições, especialmente a Pedro, a quem perguntou três vezes se ele O amava, e o instruiu a pastorear e apascentar Seus cordeiros e ovelhas.
       Em seguida o Senhor lhe disse: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (v. 18). Em outras palavras, o Senhor estava dizendo que Pedro não se moveria como antigamente, quando vivia pela sua vida da alma e fazia o que bem queria. Agora ele teria de agir em comunhão e coordenação com outros. Além disso, quando o Senhor disse “mais moço”, não se referia à idade física, mas à sua vida espiritual, que ainda era muito infantil. A palavra do Senhor a Pedro no capítulo 21 de João indica que uma pessoa espiritualmente madura não faz nada sozinha, antes, procura sempre se coordenar com outros irmãos para o avanço da obra de Deus.
       Ao escrever suas epístolas, Pedro, já maduro, aborda o dispensar do Deus Triúno (1 Pe 1:2-3) e a questão de negar a vida da alma. Quando escreveu suas epístolas, ele era totalmente diferente do Pedro que encontramos nos evangelhos; não apenas porque já era idoso, mas porque crescera no Senhor. Isso indica que ele aproveitou as oportunidades que teve para negar a si mesmo, permitindo que a vida e a natureza divinas aumentassem nele. Todo resultado que Pedro colheu foi por causa do seu amadurecimento de vida.
       À medida que a vida divina cresce em nós, nossa vida natural é restringida. Enquanto somos infantis, nosso ser natural “se cinge e anda por onde quer”; mas, conforme a vida e a natureza divina crescem em nós, “outro” – o próprio Senhor em nós ou algum irmão – cinge-nos e nos leva aonde nosso ego naturalmente não quer.
 
Ponto - chave:  Ser cingido pelo Senhor  e guiado onde Ele quer.
Pergunta: Quanto da vida divina já cresceu em você?
 
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  Semana 6 - Sexta-feira
Leitura bíblica:
2 Tm 4:11; Fm 24
 Ler com oração:
Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente (2 Tm 2:24).
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Ser paciente com os jovens quando fracassam
 
       Em 1 Pedro 5:12-13, lemos: "Por meio de Silvano, que para vós outros é fiel irmão, como também o considero, vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes. Aquela que se encontra em Babilônia, também eleita, vos saúda, como igualmente meu filho Marcos". Na parte final do ministério de Pedro, ele tinha esses dois irmãos que se coordenavam com ele. O primeiro era Silvano, que é Silas; o outro era Marcos.
Marcos, também chamado João Marcos, era primo de Barnabé e acompanhou Barnabé e Paulo na primeira viagem ministerial que empreenderam na pregação do evangelho. Em sua segunda viagem missionária, Paulo não quis levar Marcos consigo, pois este lhe causara problemas na primeira viagem: "Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos. Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho. Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor" (At 15:37-39).
      Paulo recusou a companhia de Marcos naquele momento, mas, posteriormente, os dois voltaram a cooperar na obra, como lemos em Colossenses 4:10: "Saúda-vos Aristarco, prisioneiro comigo, e Marcos, primo de Barnabé (sobre quem recebestes instruções; se ele for ter convosco, acolhei-o)"; em 2 Timóteo 4:11: "Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério", e em Filemom 24: "Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores". 
         Mais tarde, Marcos se juntou a Pedro. Com base nos relatos de Pedro, sobre as experiências que teve nos últimos três anos em companhia do Senhor Jesus, é que Marcos deve ter escrito seu evangelho. Nele descreveu os aspectos do ministério terreno de Jesus como um Servo, um Escravo incansável de Deus. Ele apresentou o viver humano do Senhor na terra, Suas obras, Seus milagres e as constantes curas e expulsão de demônios que realizou como Servo fiel de Deus. Nesse período, a vida de Pedro ainda não era tão crescida. Ao escrever suas epístolas, porém, vemos um Pedro mais experiente, um homem trabalhado por Deus, que soube não só acolher e aproveitar o talento do jovem Marcos como também apresentar o dispensar do Deus Triúno, a salvação completa de Deus, a importância do fogo que prova a nossa fé e as coisas que conduzem à vida e à piedade.
       Todos nós que cooperamos na obra do Senhor, precisamos aprender a lição de incentivar os jovens a funcionar no espírito. Se algum jovem vier a fracassar, devemos ser pacientes e dar-lhe mais uma chance, pois, quando amadurecerem, serão úteis ao Senhor.
  
Ponto - chave: Incentivar os jovens a funcionar.
Pergunta: Como Marcos se tornou útil para a obra do Senhor?
 
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Semana 6 – Sábado
Leitura bíblica:
At 15:40 -17:15
Ler com oração:
Percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. [...] Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam (At 16:6-7, 25).
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Seguir a direção que o Espírito determina
  
       A segunda viagem de Paulo foi totalmente vitoriosa. Nessa viagem, ele teve um bom companheiro e cooperador: Silas. Os dois estavam no espírito e o Senhor os abençoou muito.
       Silas teve sua inclusão na obra após o incidente de Atos 15, quando Paulo, Barnabé e alguns irmãos de Antioquia foram a Jerusalém para resolver a questão dos judaizantes que haviam descido da Judeia ensinando que os cristãos gentios deviam circuncidar-se e guardar a lei de Moisés. Ali se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão e, uma vez resolvida, redigiram uma carta que foi enviada à igreja em Antioquia e às demais igrejas dos gentios por intermédio de Paulo e Barnabé com dois irmãos: Judas, chamado Barsabás, e Silas (v. 22). Estes dois, que eram irmãos notáveis em Jerusalém, não só leram a carta para a igreja em Antioquia como também consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram (vs. 31-32). Terminada a missão, eles deveriam voltar para
Jerusalém, mas Silas permaneceu em Antioquia.
       Escolhido por Paulo para seguir com ele em sua segunda viagem ministerial, Silas e os companheiros dele tiveram a experiência de andar no espírito e seguir a direção do Espírito. Eles percorreram a Frígia e a Galácia, estabeleceram presbíteros nas igrejas e fortaleceram a fé dos irmãos. Terminada a obra, tentaram ir para a Ásia, mas foram impedidos pelo Espírito Santo; tentaram ir para a Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu (At 16:5-7). Por fim, desceram a Trôade. Com isso vemos que a obra do Senhor não depende de preferências ou decisões pessoais, porém da direção do Espírito. Se o Espírito nos impede, digamos amém. Não nos justifiquemos nem murmuremos. Isso é andar no espírito.
        Em Trôade, à noite, sobreveio uma visão a Paulo, na qual um varão macedônio lhe rogava: “Passa à Macedônia e ajudanos” (v. 9). Graças ao Senhor, Paulo e Silas entenderam que era um chamamento do Espírito Santo. Apesar de ser uma região totalmente estranha para eles, obedeceram. Pegaram um navio e chegaram à Europa, em Filipos, principal cidade da Macedônia.
        No sábado, foram para junto de um rio, onde lhes pareceu haver um lugar de oração, e pregaram o evangelho às mulheres que lá estavam (v. 13). Uma delas era Lídia, que ouviu a Palavra, e o Senhor lhe abriu o coração. Ela foi batizada e insistiu que os irmãos fossem à sua casa (vs. 14-15). Por causa do evangelho, o comércio lucrativo ligado à idolatria foi prejudicado, e os homens que sofreram o dano fizeram com que Paulo e Silas fossem presos com as mãos e os pés atados ao tronco (vs. 16-24). Eles prenderam suas mãos e pés, mas não conseguiram deter o espírito deles! Assim, os dois apóstolos oraram e cantaram louvores a Deus, o que influenciou os presos que com eles estavam (v. 25).
        O Espírito Santo agiu por meio de um terremoto que abalou todos os alicerces da prisão. Abriram-se todas as portas e soltaram-se as cadeias dos presos (v. 26). Quando o carcereiro despertou e viu o que ocorrera, sacou da espada e ia se matar supondo que os presos haviam fugido, quando Paulo gritou-lhe que parasse, pois estavam todos ali. Ninguém havia fugido (vs. 27-28). O carcereiro viu tudo aquilo e, impelido pelo Espírito Santo, foi salvo, e também os convidou para uma reunião em sua casa (vs. 29-34). Essa era a igreja em Filipos, que começou não segundo a maneira tradicional a que estamos acostumados, reunindo-se num templo ou num local específico para reuniões, mas nas casas dos irmãos.
        Paulo e Silas seguiram viagem e, de Filipos, partiram para Tessalônica e Bereia, onde foram estabelecidas igrejas. Depois dirigiram-se para Atenas. A segunda viagem de Paulo foi muito vitoriosa, ele teve bons cooperadores na obra. Que também aprendamos a sempre seguir o Espírito e a cooperar e nos coordenar adequadamente com os irmãos na obra do Senhor!
 
Ponto - chave: Andar no Espírito e nos coordenar com os irmãos.
Pergunta: Como começou a igreja em Filipos e onde eles se reuniam?
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Semana 6 – Domingo
Leitura bíblica:
At 20:18-21; 26-28; 1 Tm 1:3-4, 18; 6:12; 2 Tm 4:6-8
Ler com oração:
Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor (Ef 3:14-17)
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O dispensar do Deus Triúno
 
      Na terceira viagem ministerial de Paulo, Silas não é mencionado. Paulo e seus companheiros visitaram várias cidades e em algumas delas despenderam muito tempo, como um ano e meio em Corinto (At 18:11) e três anos em Éfeso (20:31). No final dessa longa viagem, Paulo decidiu ir a Jerusalém levar uma oferta dos santos para suprir a fome que havia na Judeia. Chegando a Jerusalém, deu testemunho de tudo o que o Senhor fizera por meio de seu ministério, a propagação do evangelho entre os gentios (21:19).
       Ainda assim, depois de ouvir esse testemunho, Tiago e os demais disseram que em Jerusalém havia dezenas de milhares de pessoas que haviam crido no Senhor e também eram zelosas da lei, isto é, havia ali uma mistura do Novo com o Antigo Testamento (v. 20). Além disso, os irmãos de Jerusalém convenceram Paulo de que seria melhor ele praticar um voto do Antigo Testamento para que os irmãos de Jerusalém vissem que ele não era contrário à lei (vs. 21-25). Infelizmente, devido à afeição natural de Paulo em relação a seus compatriotas, ele concordou com os irmãos (v. 26).
       Se Paulo tivesse cumprido o voto, seria o fim de seu ministério e testemunho, pois ele tivera uma visão e já pregara e escrevera acerca da nova aliança, da dispensação do Novo Testamento. Seria como se ele abrisse mão da visão que o próprio Senhor lhe dera. A partir daquele momento a obra de edificação de Paulo foi interrompida. O Senhor, porém, não permitiu que ele fosse morto; antes, o preservou. Levantou-se um tumulto no templo, Paulo foi preso e, mais tarde, enviado para Cesareia, para ser julgado pelo governador romano. Nesse processo, ele apelou para César e, por isso, foi enviado a Roma, onde ficou em prisão domiciliar.
       Desse modo, segundo a soberania do Senhor, Paulo teve tempo e sossego para escrever epístolas importantes e completar seu ministério epistolar relatando a revelação espiritual que obtivera do Senhor. Ali foram escritas as cartas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e a Filemom.
Após esse primeiro aprisionamento, Paulo pôde visitar as igrejas, e novamente foi a Éfeso. A epístola que ele havia escrito aos irmãos efésios era muito elevada, pois tratava da economia neotestamentária de Deus, do dispensar do Deus Triúno que produz a igreja, o Corpo de Cristo, pelo qual podemos servir na casa de Deus e ter um andar digno do chamamento de Deus. Que livro excelente!
       Ainda assim, isso não impediu que a degradação entrasse na igreja. Ao visitar Éfeso, ele notou que os irmãos ali não estavam praticando o que lhes escrevera, e que havia pessoas ensinando diferentemente da economia de Deus. Por isso, rogou a Timóteo que permanecesse naquele lugar para levar os irmãos ao Espírito, de modo que os efésios não tomassem o conteúdo de sua epístola apenas como doutrina (1 Tm 1:3-4).
       A igreja em Éfeso, porém, não recebeu a ajuda de Timóteo, e a degradação continuou. Paulo o encorajou a combater o bom combate da fé (1 Tm 1:18; 6:12), mas Timóteo não teve êxito, antes teve problemas de estômago (5:23), talvez por causa da pressão que sofria. Por fim, ele ficou desanimado e até seu espírito se apagou. Paulo, então, lhe escreveu uma segunda carta encorajando-o a reavivar seu dom, ou reacender a chama do Espírito que havia em seu interior (2 Tm 1:6-7).
       Ao escrever Segunda Timóteo, Paulo já estava em seu segundo aprisionamento e sabia que seria martirizado em breve, por isso escreveu: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (4:7-8). Ele completou a carreira por meio de seu ministério epistolar.
       Ao ver a vida e a obra dos primeiros apóstolos, vemos como o Deus Triúno trabalhou no viver e na pessoa deles de modo distinto, em situações distintas, porém fielmente. Por fim, eles atingiram a maturidade e foram úteis ao Senhor. Que Ele trabalhe em nós também para que O sirvamos adequadamente nesta era e sejamos galardoados em Sua volta!
 
 Ponto-chave: Combater o bom combate.
Pergunta: Por que nem o apóstolo Paulo nem Timóteo conseguiram ajudar os irmãos em Éfeso?
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