Semana 6 - Segunda-feira
Leitura bíblica:
Mt 5:14-16; 6:19-24; Jo 12:31; 14:30; Ef 2:2
Ler com oração:
Fazei tudo sem murmurações
nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos
de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e
corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a
palavra da vida (Fp 2:14-16a).
-------------------------------------------------------
Não abafar a luz com as necessidades do dia a dia
Mateus
5:14-15 diz: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade
edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la
debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se
encontram na casa”. Uma lâmpada acesa não deve estar debaixo do
alqueire. No mundo antigo, o alqueire era um recipiente usado para
medir cereais e representa as necessidades da vida no dia a dia e a
preocupação com a subsistência. A luz que nós temos deve ser
exibida para alumiar a todos, e não deve ser colocada debaixo do
alqueire, isto é, não deve ser encoberta pelas preocupações com nosso
sustento do dia a dia.
Sempre
incentivamos os irmãos a despender um tempo no CEAPE a fim de serem
aperfeiçoados e
se tornarem colportores. Damos graças ao Senhor porque, após esse
aperfeiçoamento, alguns se consagram ao Senhor e são enviados para fazer
Sua obra. É muito bom vermos irmãos se entregando
completamente a Ele, dispostos a servi-Lo.
Os demais irmãos
que não conseguem dispor de todo o tempo para cooperar com o Senhor em
Sua obra, muitas
vezes se sentem acusados na consciência e limitados a servir apenas
nas reuniões da igreja. Apesar de serem fiéis e participarem das
reuniões, talvez se sintam excluídos quando se trata da
propagação da obra do Senhor. Todos os que amam o Senhor de coração
puro têm esse sentimento, porém o problema de alguns é que há um
“alqueire” cobrindo sua luz. Que fazer?
Graças ao Senhor,
podemos ter comunhão com outros irmãos para que a chama de nosso
espírito seja reavivada e
consigamos reagir ao falar do Senhor, nos dispondo a cooperar com
Ele na pregação do evangelho. Com um espírito fervoroso, fica mais fácil
“queimar” a passividade e a acomodação naturais
existentes em nossa vida da alma.
Alguns, porém,
acham que estão muito bem, dizendo: “Eu me reúno normalmente, oferto meu
dízimo, e, quando a
igreja precisa, faço uma oferta especial. Se há necessidades na
obra, eu também oferto”. Isso é muito bom, mas não é suficiente. O
Senhor quer avançar mais rápido, por isso precisamos dar um
salto para fora dessa vala em que estamos. Deus
não está nada contente com a situação atual do mundo. Sabemos que os
mais de duzentos países existentes
na terra são governados pelo príncipe deste mundo, que é Satanás (Jo
12:31; 14:30; Ef 2:2). No mundo presente, não há paz; antes, há a
instigação para os conflitos, provocando guerras que são
travadas por motivos financeiros, raciais, culturais e religiosos.
O Senhor conta
conosco para mudar essa era. Por isso Ele está trabalhando em nós, que
fomos regenerados
pela vida divina. Seu desejo é que cresçamos em vida até atingir a
maturidade a fim de trazer o Seu reino para a terra. Que a luz da vida
que há em nós possa brilhar no meio dessa geração (Fp
2:15). Louvado seja o Senhor!
Pergunta: Como fica sua consciencia ao ver irmãos se consagrando totalmente ao Senhor?
____________________________________________________
Semana 6 - Terça-feira
Leitura bíblica:
Mt 16:12-19; Rm 16:5; 1 Co 16:19; Cl 4:15; Fm 2
Ler com oração:
Agora, porém, libertados
da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que
servimos em novidade de espírito e não na caducidade da
letra (Rm 7:6).
-------------------------------------------------------
A tradição nos impede de reagir ao falar do Senhor
Quando
invocamos o nome do Senhor, voltamos ao Espírito que está em nosso
espírito. No
espírito temos a vida de Deus, cuja expressão é o amor. Por isso, em
nosso viver da igreja e serviço ao Senhor, tudo o que fazemos deve ser
motivado pelo amor. O inimigo de Deus quer nos derrubar
de todo jeito, pois o evangelho do reino é algo que Satanás odeia.
Nós, porém, queremos seguir o mandamento do Senhor e ir em frente
pregando o evangelho do reino em todo o mundo (Mt
24:14).
Temos observado
que alguns não conseguem ser despertados em seu espírito, pois estão
apagados. Por que isso
acontece? Por causa da tradição – gostam de ouvir mensagens nas
conferências ou nas reuniões da igreja; gostam de ir ao templo, ao local
de reuniões e permanecer ali. Pensam: “Puxa, que desfrute!
que música! Para mim, é suficiente estar aqui”. O desfrute nas
reuniões da igreja não pode nos acomodar a ponto de não sairmos para
contatar pessoas e pregar o evangelho.
Alguns filhos de
Deus consideram que sua vida cristã está boa: “Eu estou bem na igreja;
participo das reuniões com
frequência e desfruto muito o Senhor e Sua Palavra”. Todavia há
muito tempo que não exercem nenhuma função na igreja; ficam calados, sem
qualquer participação, e não se envolvem com nenhum tipo
de serviço. Por vezes, mesmo os irmãos que ministram a Palavra não
praticam o que falam. Desse modo, a igreja cai na tradição.
Certos irmãos e
irmãs, quando veem os colportores e ceapistas envolvidos com a pregação
do evangelho e o
apascentamento dos recém-convertidos, talvez se justifiquem: “Não
posso estar no campo e ser tão ativo como eles, mas também amo muito o
Senhor. Ele conhece minha dificuldade: o meu trabalho toma
todo o meu tempo”.
Outros cristãos, ao
ouvir uma mensagem, têm seu interior ardendo como fogo, mas não
conseguem reagir. Que os impede?
Estão atados pela tradição. Não é que o fogo neles não foi aceso.
Eles até são iluminados pela palavra de Deus, o fogo de seu espírito é
“abanado”, mas não conseguem praticar a palavra ouvida por
causa da tradição. Assim, não têm forças para sair e pregar o
evangelho do reino. Sua vida espiritual se limita a ouvir ou, quando
muito, a falar belas mensagens nas reuniões da
igreja.
Hoje praticamente
todas as igrejas se reúnem em templos ou locais de reunião específicos
para esse fim. Isso se
tornou um costume no meio dos filhos de Deus. No Novo Testamento,
porém, vemos que, em suas cartas, Paulo saúda certos irmãos e a igreja
que se reúne em suas casas (Rm 16:5; 1 Co 16:19; Cl 4:15;
Fm 2). Isso mostra que a igreja pode se reunir também nas casas. Que
o Senhor nos livre de estarmos presos às tradições e nos mantenha
sempre em novidade de vida para viver a realidade da
igreja!
Pergunta: O que nos tem impedido de servir ao Senhor em novidade?
____________________________________________________
Semana 6 - Quarta-feira
Leitura bíblica:
2 Tm 3: 10; Fm 1
Ler com oração:
Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele (Lc 8:1).
-------------------------------------------------------
Equipes coordenadas para pregar o evangelho do reino
O Senhor quer
libertar-nos de nossa tradição para pregarmos o evangelho do reino.
Todos nós
esperamos, até oramos e pedimos que o Senhor volte logo, mas parece
que Ele está demorando, tardando a Sua vinda. Na verdade, Ele não tarda;
antes, está esperando por nós, esperando que preguemos
o evangelho do reino em toda a terra (Mt 24:14).
A maioria das
igrejas tradicionalmente tem a ceia do Senhor no domingo pela manhã. Mas
às vezes podemos
dedicar a parte da manhã para pregar o evangelho a fim de dar a
muitos irmãos a oportunidade de sair e praticar a palavra que temos
ouvido. Essas saídas também podem ocorrer aos sábados. O
importante é que o evangelho do reino alcance todas as casas. Para
isso, alguns coordenadores devem mapear a cidade, formar equipes e
designar ruas ou quarteirões para cada equipe que se
responsabilizará por aquela área. Para os lugares que nos forem
designados, vamos bater às portas de casa em casa. Se a pessoa não está
em casa, deixamos um folheto de evangelização. Tudo isso
deve ser marcado no mapa, para falicitar o acompanhamento do avanço
da obra do Senhor em cada região. À medida que algumas casas se abrirem
ao evangelho, podemos realizar as reuniões da igreja
nelas.
Se ficarmos presos
apenas à maneira tradicional de reunirmos nos locais de reunião,
tendemos a envelhecer
espiritualmente. Mas, ao promover a pregação do evangelho nos finais
de semana, mais chances teremos de sair e praticar a palavra do Senhor.
Não importa se somos idosos, jovens, irmãos, irmãs,
todos podemos participar. Se cada igreja fizer isso, pregaremos o
evangelho do reino mais rapidamente em toda terra habitada, indo de casa
em casa, bairro por bairro, cidade por cidade. Graças ao
Senhor!
Todos nós também
precisamos encontrar um bom companheiro espiritual para, juntos, em
unanimidade, avançar. Quando
estamos no espírito, servimos juntos e não temos dificuldade de nos
coordenar uns com os outros. O Senhor falou para Pedro que, quando ele
era mais moço, infantil, ia para onde queria (Jo 21:18).
Mas, quando fosse maduro, seria conduzido aos lugares por outro, ou
seja, ele precisaria encontrar um bom cooperador, um bom companheiro.
Hoje na igreja e na
obra de expansão do reino do Senhor também devemos fazer isso.
Precisamos encontrar irmãos que
cooperem conosco, para que, em coordenação, comunhão e submissão
mútua, o Espírito Santo tenha como nos usar em Sua obra. Assim, Deus nos
abençoa e Sua vontade pode ser feita entre
nós.
Pergunta: Você está bem coordenado e cooperado com sua equipe?
____________________________________________________
Semana 6 - Quinta-feira
Leitura bíblica:
Jo 21:18-19; 1 Pe 5:1-3
Ler com oração:
Simão Pedro, servo e
apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente
preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, graça e
paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de
Jesus, nosso Senhor (2 Pe 1:1-2).
-------------------------------------------------------
O amadurecimento do apóstolo Pedro
O Pedro que vemos
nos evangelhos tinha uma vida da alma muito forte. Depois que o Senhor
Jesus foi crucificado e
ressuscitou, Seus discípulos acharam que Ele desaparecera pelo fato
de não O verem mais. Pedro então falou: “Vou pescar. Disseram-lhe os
outros: Também nós vamos contigo” (Jo
21:3).
Eles deixaram a
comissão que haviam recebido quando foram chamados pelo Senhor, e
voltaram para a antiga profissão
buscando garantir o sustento. Mesmo não tendo êxito na pescaria, o
Senhor não os abandonou; antes, foi até eles. Depois de tê-los
alimentado, aproveitou a ocasião para ensinar-lhes algumas
lições, especialmente a Pedro, a quem perguntou três vezes se ele O
amava, e o instruiu a pastorear e apascentar Seus cordeiros e ovelhas.
Em seguida o Senhor
lhe disse: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço,
tu te cingias a ti mesmo
e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás
as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (v. 18).
Em outras palavras, o Senhor estava dizendo que Pedro não
se moveria como antigamente, quando vivia pela sua vida da alma e
fazia o que bem queria. Agora ele teria de agir em comunhão e
coordenação com outros. Além disso, quando o Senhor disse “mais
moço”, não se referia à idade física, mas à sua vida espiritual, que
ainda era muito infantil. A palavra do Senhor a Pedro no capítulo 21 de
João indica que uma pessoa espiritualmente madura não
faz nada sozinha, antes, procura sempre se coordenar com outros
irmãos para o avanço da obra de Deus.
Ao escrever suas
epístolas, Pedro, já maduro, aborda o dispensar do Deus Triúno (1 Pe
1:2-3) e a questão de negar a
vida da alma. Quando escreveu suas epístolas, ele era totalmente
diferente do Pedro que encontramos nos evangelhos; não apenas porque já
era idoso, mas porque crescera no Senhor. Isso indica que
ele aproveitou as oportunidades que teve para negar a si mesmo,
permitindo que a vida e a natureza divinas aumentassem nele. Todo
resultado que Pedro colheu foi por causa do seu amadurecimento de
vida.
À medida que a vida
divina cresce em nós, nossa vida natural é restringida. Enquanto somos
infantis, nosso ser
natural “se cinge e anda por onde quer”; mas, conforme a vida e a
natureza divina crescem em nós, “outro” – o próprio Senhor em nós ou
algum irmão – cinge-nos e nos leva aonde nosso ego
naturalmente não quer.
Pergunta: Quanto da vida divina já cresceu em você?
____________________________________________________
Semana 6 - Sexta-feira
Leitura bíblica:
2 Tm 4:11; Fm 24
Ler com oração:
Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente (2 Tm 2:24).
------------------------------------------------------------------
Ser paciente com os jovens quando fracassam
Em
1 Pedro 5:12-13, lemos: "Por meio de Silvano, que para vós outros é
fiel
irmão, como também o considero, vos escrevo resumidamente, exortando
e testificando, de novo, que esta é a genuína graça de Deus; nela estai
firmes. Aquela que se encontra em Babilônia, também
eleita, vos saúda, como igualmente meu filho Marcos". Na parte final
do ministério de Pedro, ele tinha esses dois irmãos que se coordenavam
com ele. O primeiro era Silvano, que é Silas; o outro
era Marcos.
Marcos, também chamado
João Marcos, era primo de Barnabé e acompanhou Barnabé e Paulo na
primeira viagem ministerial que empreenderam na pregação do
evangelho. Em sua segunda viagem missionária, Paulo não quis levar
Marcos consigo, pois este lhe causara problemas na primeira viagem:
"Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos. Mas
Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a
Panfília, não os acompanhando no trabalho. Houve entre eles tal
desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a
Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas,
partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor" (At 15:37-39).
Paulo recusou a
companhia de Marcos naquele momento, mas, posteriormente, os dois
voltaram a cooperar na obra, como lemos
em Colossenses 4:10: "Saúda-vos Aristarco, prisioneiro comigo, e
Marcos, primo de Barnabé (sobre quem recebestes instruções; se ele for
ter convosco, acolhei-o)"; em 2 Timóteo 4:11: "Somente
Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil
para o ministério", e em Filemom 24: "Marcos, Aristarco, Demas e Lucas,
meus cooperadores".
Mais tarde,
Marcos se juntou a Pedro. Com base nos relatos de Pedro, sobre as
experiências que teve nos
últimos três anos em companhia do Senhor Jesus, é que Marcos deve
ter escrito seu evangelho. Nele descreveu os aspectos do ministério
terreno de Jesus como um Servo, um Escravo incansável de
Deus. Ele apresentou o viver humano do Senhor na terra, Suas obras,
Seus milagres e as constantes curas e expulsão de demônios que realizou
como Servo fiel de Deus. Nesse período, a vida de Pedro
ainda não era tão crescida. Ao escrever suas epístolas, porém, vemos
um Pedro mais experiente, um homem trabalhado por Deus, que soube não
só acolher e aproveitar o talento do jovem Marcos como
também apresentar o dispensar do Deus Triúno, a salvação completa de
Deus, a importância do fogo que prova a nossa fé e as coisas que
conduzem à vida e à piedade.
Todos nós que
cooperamos na obra do Senhor, precisamos aprender a lição de incentivar
os jovens a funcionar no
espírito. Se algum jovem vier a fracassar, devemos ser pacientes e
dar-lhe mais uma chance, pois, quando amadurecerem, serão úteis ao
Senhor.
Pergunta: Como Marcos se tornou útil para a obra do Senhor?
____________________________________________________
Semana 6 – Sábado
Leitura bíblica:
At 15:40 -17:15
Ler com oração:
Percorrendo a região
frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a
palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia,
mas o Espírito de Jesus não o permitiu. [...] Por volta da
meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais
companheiros de prisão escutavam (At 16:6-7,
25).
------------------------------------------------------------------------
Seguir a direção que o Espírito determina
A segunda viagem de Paulo foi totalmente vitoriosa. Nessa viagem, ele teve um bom companheiro e cooperador: Silas.
Os dois estavam no espírito e o Senhor os abençoou muito.
Silas teve sua
inclusão na obra após o incidente de Atos 15, quando Paulo, Barnabé e
alguns irmãos de Antioquia
foram a Jerusalém para resolver a questão dos judaizantes que haviam
descido da Judeia ensinando que os cristãos gentios deviam
circuncidar-se e guardar a lei de Moisés. Ali se reuniram os
apóstolos e os presbíteros para examinar a questão e, uma vez
resolvida, redigiram uma carta que foi enviada à igreja em Antioquia e
às demais igrejas dos gentios por intermédio de Paulo e
Barnabé com dois irmãos: Judas, chamado Barsabás, e Silas (v. 22).
Estes dois, que eram irmãos notáveis em Jerusalém, não só leram a carta
para a igreja em Antioquia como também consolaram os
irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram (vs. 31-32). Terminada
a missão, eles deveriam voltar para
Jerusalém, mas Silas permaneceu em Antioquia.
Escolhido por Paulo
para seguir com ele em sua segunda viagem ministerial, Silas e os
companheiros dele tiveram a
experiência de andar no espírito e seguir a direção do Espírito.
Eles percorreram a Frígia e a Galácia, estabeleceram presbíteros nas
igrejas e fortaleceram a fé dos irmãos. Terminada a obra,
tentaram ir para a Ásia, mas foram impedidos pelo Espírito Santo;
tentaram ir para a Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu (At
16:5-7). Por fim, desceram a Trôade. Com isso vemos que a
obra do Senhor não depende de preferências ou decisões pessoais,
porém da direção do Espírito. Se o Espírito nos impede, digamos amém.
Não nos justifiquemos nem murmuremos. Isso é andar no
espírito.
Em Trôade, à
noite, sobreveio uma visão a Paulo, na qual um varão macedônio lhe
rogava: “Passa à Macedônia e
ajudanos” (v. 9). Graças ao Senhor, Paulo e Silas entenderam que era
um chamamento do Espírito Santo. Apesar de ser uma região totalmente
estranha para eles, obedeceram. Pegaram um navio e
chegaram à Europa, em Filipos, principal cidade da Macedônia.
No sábado, foram
para junto de um rio, onde lhes pareceu haver um lugar de oração, e
pregaram o evangelho às
mulheres que lá estavam (v. 13). Uma delas era Lídia, que ouviu a
Palavra, e o Senhor lhe abriu o coração. Ela foi batizada e insistiu que
os irmãos fossem à sua casa (vs. 14-15). Por causa do
evangelho, o comércio lucrativo ligado à idolatria foi prejudicado, e
os homens que sofreram o dano fizeram com que Paulo e Silas fossem
presos com as mãos e os pés atados ao tronco (vs. 16-24).
Eles prenderam suas mãos e pés, mas não conseguiram deter o espírito
deles! Assim, os dois apóstolos oraram e cantaram louvores a Deus, o
que influenciou os presos que com eles estavam (v.
25).
O Espírito Santo
agiu por meio de um terremoto que abalou todos os alicerces da prisão.
Abriram-se todas as
portas e soltaram-se as cadeias dos presos (v. 26). Quando o
carcereiro despertou e viu o que ocorrera, sacou da espada e ia se matar
supondo que os presos haviam fugido, quando Paulo gritou-lhe
que parasse, pois estavam todos ali. Ninguém havia fugido (vs.
27-28). O carcereiro viu tudo aquilo e, impelido pelo Espírito Santo,
foi salvo, e também os convidou para uma reunião em sua casa
(vs. 29-34). Essa era a igreja em Filipos, que começou não segundo a
maneira tradicional a que estamos acostumados, reunindo-se num templo
ou num local específico para reuniões, mas nas casas dos
irmãos.
Paulo e Silas
seguiram viagem e, de Filipos, partiram para Tessalônica e Bereia, onde
foram estabelecidas
igrejas. Depois dirigiram-se para Atenas. A segunda viagem de Paulo
foi muito vitoriosa, ele teve bons cooperadores na obra. Que também
aprendamos a sempre seguir o Espírito e a cooperar e nos
coordenar adequadamente com os irmãos na obra do Senhor!
Ponto - chave: Andar no Espírito e nos coordenar com os irmãos.
Pergunta: Como começou a igreja em Filipos e onde eles se reuniam?
___________________________________________________
Semana 6 – Domingo
Leitura bíblica:
At 20:18-21; 26-28; 1 Tm 1:3-4, 18; 6:12; 2 Tm 4:6-8
Ler com oração:
Por esta causa, me ponho
de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu
como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua
glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o
seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso
coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor
(Ef 3:14-17)
------------------------------------------------------------------------
O dispensar do Deus Triúno
Na terceira viagem
ministerial de Paulo, Silas não é mencionado. Paulo e seus companheiros
visitaram várias cidades e em
algumas delas despenderam muito tempo, como um ano e meio em Corinto
(At 18:11) e três anos em Éfeso (20:31). No final dessa longa viagem,
Paulo decidiu ir a Jerusalém levar uma oferta dos santos
para suprir a fome que havia na Judeia. Chegando a Jerusalém, deu
testemunho de tudo o que o Senhor fizera por meio de seu ministério, a
propagação do evangelho entre os gentios
(21:19).
Ainda assim, depois
de ouvir esse testemunho, Tiago e os demais disseram que em Jerusalém
havia dezenas de milhares
de pessoas que haviam crido no Senhor e também eram zelosas da lei,
isto é, havia ali uma mistura do Novo com o Antigo Testamento (v. 20).
Além disso, os irmãos de Jerusalém convenceram Paulo de
que seria melhor ele praticar um voto do Antigo Testamento para que
os irmãos de Jerusalém vissem que ele não era contrário à lei (vs.
21-25). Infelizmente, devido à afeição natural de Paulo em
relação a seus compatriotas, ele concordou com os irmãos (v. 26).
Se Paulo tivesse
cumprido o voto, seria o fim de seu ministério e testemunho, pois ele
tivera uma visão e já pregara
e escrevera acerca da nova aliança, da dispensação do Novo
Testamento. Seria como se ele abrisse mão da visão que o próprio Senhor
lhe dera. A partir daquele momento a obra de edificação de Paulo
foi interrompida. O Senhor, porém, não permitiu que ele fosse morto;
antes, o preservou. Levantou-se um tumulto no templo, Paulo foi preso
e, mais tarde, enviado para Cesareia, para ser julgado
pelo governador romano. Nesse processo, ele apelou para César e, por
isso, foi enviado a Roma, onde ficou em prisão domiciliar.
Desse modo, segundo
a soberania do Senhor, Paulo teve tempo e sossego para escrever
epístolas importantes e
completar seu ministério epistolar relatando a revelação espiritual
que obtivera do Senhor. Ali foram escritas as cartas aos Efésios,
Filipenses, Colossenses e a Filemom.
Após esse primeiro
aprisionamento, Paulo pôde visitar as igrejas, e novamente foi a Éfeso. A
epístola que ele havia escrito aos irmãos efésios era muito
elevada, pois tratava da economia neotestamentária de Deus, do
dispensar do Deus Triúno que produz a igreja, o Corpo de Cristo, pelo
qual podemos servir na casa de Deus e ter um andar digno do
chamamento de Deus. Que livro excelente!
Ainda assim, isso
não impediu que a degradação entrasse na igreja. Ao visitar Éfeso, ele
notou que os irmãos ali não
estavam praticando o que lhes escrevera, e que havia pessoas
ensinando diferentemente da economia de Deus. Por isso, rogou a Timóteo
que permanecesse naquele lugar para levar os irmãos ao
Espírito, de modo que os efésios não tomassem o conteúdo de sua
epístola apenas como doutrina (1 Tm 1:3-4).
A igreja em Éfeso,
porém, não recebeu a ajuda de Timóteo, e a degradação continuou. Paulo o
encorajou a combater o
bom combate da fé (1 Tm 1:18; 6:12), mas Timóteo não teve êxito,
antes teve problemas de estômago (5:23), talvez por causa da pressão que
sofria. Por fim, ele ficou desanimado e até seu espírito
se apagou. Paulo, então, lhe escreveu uma segunda carta
encorajando-o a reavivar seu dom, ou reacender a chama do Espírito que
havia em seu interior (2 Tm 1:6-7).
Ao escrever Segunda
Timóteo, Paulo já estava em seu segundo aprisionamento e sabia que
seria martirizado em breve,
por isso escreveu: “Combati o bom combate, completei a carreira,
guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o
Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim,
mas também a todos quantos amam a sua vinda” (4:7-8). Ele completou a
carreira por meio de seu ministério epistolar.
Ao ver a vida e a
obra dos primeiros apóstolos, vemos como o Deus Triúno trabalhou no
viver e na pessoa deles de
modo distinto, em situações distintas, porém fielmente. Por fim,
eles atingiram a maturidade e foram úteis ao Senhor. Que Ele trabalhe em
nós também para que O sirvamos adequadamente nesta era e
sejamos galardoados em Sua volta!
Ponto-chave: Combater o bom combate.
Pergunta: Por que nem o apóstolo Paulo nem Timóteo conseguiram ajudar os irmãos em Éfeso?
Nenhum comentário:
Postar um comentário