terça-feira, 7 de agosto de 2012

MENSAGEM 2


Leitura bíblica: Rm 8:3; Ef 1:7; 2:8 Ler com oração: Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; [...] seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo (Ef 4:3, 15).  

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       A ÊNFASE NAS DOUTRINAS CAUSA DIVISÃO


 Sabemos que o evangelho de Deus tem dois aspectos: o primeiro apresenta o Senhor Jesus como Filho do Homem e, segundo a carne, descendente de Davi; o segundo diz respeito a Jesus como o Filho de Deus, designado assim pela ressurreição dos mortos (Rm 1:3-4). Podemos dizer que Davi representa bem um pecador, uma vez que nele conseguimos encontrar vários tipos de pecados como cobiça, adultério e homicídio. Quanto ao Senhor Jesus, Este ganhou um corpo humano por meio de Maria, a qual era descendente de Davi. Todavia, Ele não tinha pecado, mas possuía somente a semelhança de carne pecaminosa (8:3) e, por isso, estava apto a morrer em nosso lugar. Quando foi crucificado, o Senhor resolveu todos os problemas ligados ao pecado, ou seja, ligados a Davi e a toda a humanidade. Louvado seja o Senhor! A esse aspecto do evangelho chamamos de evangelho da graça, o qual todos os cristãos conhecem. Nele nos é mostrado que nós cometemos os pecados e merecíamos morrer por causa deles, mas o Senhor Jesus foi castigado em nosso lugar, sendo que a nós coube receber o perdão, gratuitamente, pela fé (Ef 1:7). Essa é uma graça muito grande, por isso nós chamamos essas boas-novas de evangelho da graça (2:8). Infelizmente, o conhecimento de muitas verdades bíblicas, de maneira meramente doutrinária, também foi motivo de divisões na igreja. No século XVI, quando Martinho Lutero traduziu a Bíblia do latim para o alemão, e ela foi impressa, vários reis que estavam debaixo do controle do Vaticano se aproveitaram da oportunidade para ficar livres desse controle e criar suas próprias igrejas. Esse movimento ficou conhecido como Reforma. Em muitos países da Europa, surgiram as igrejas estatais: na Alemanha, a igreja Luterana; na Inglaterra, a igreja Anglicana. Outros países como a Holanda e a França também se rebelaram contra a autoridade papal e criaram vertentes religiosas. Outros começaram a estudar a Bíblia e analisá-la, assim, cada um teve a visão de um aspecto da verdade, e isso foi usado como base para formar inúmeros credos religiosos, principalmente após o século XVIII. Embora a unidade seja um princípio bíblico da igreja, ou seja, apenas uma igreja em toda a terra, após a Reforma, muitas assim chamadas “igrejas” surgiram e caíram na mesma condição que pode ser vista na carta escrita à igreja em Sardes, cujo nome significa restauração. Por meio dela, o Senhor queria restaurar a prática da igreja nos primeiros séculos, ou seja, que voltassem a invocar o Seu nome. Em Apocalipse 2:3 vemos que a igreja em Éfeso suportou provas por causa do nome do Senhor e não se deixou esmorecer. A igreja em Esmirna certamente conseguiu manter-se fiel, mesmo debaixo da intensa perseguição por parte do império romano, porque conservou o nome do Senhor até Antipas ser morto (vs. 10c, 13). Contudo, após a Reforma, muitos líderes além de não restaurarem o que era essencial para a vida da igreja, centraram-se em doutrinas, que por fim causaram mais divisões entre o povo de Deus. As verdades reveladas durante aqueles anos poderiam ter sido usadas para restaurar a genuína unidade da igreja, mas a obstinação humana e a demasiada ênfase nas doutrinas foram usadas pelo inimigo para causar mais divisão, contrariando o desejo do coração do Senhor para o Seu povo.

 Ponto-chave: A verdade deve ser usada para promover a unidade do povo de Deus.
 Pergunta: O que pode nos tirar da vontade de Deus quanto à unidade da igreja? ___________________________________________________

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